A prefeita Maria José Vieira de Camargo manteve a promessa de reabrir mais três bases comunitárias da Guarda Civil Municipal e de inaugurar uma quinta.
Em entrevista a O Progresso, ela reforçou o compromisso de campanha eleitoral, de aumentar a presença da corporação nos bairros periféricos por meio de descentralização da sede.
A corporação está baseada em imóvel localizado na rua Professora Chiquinha Rodrigues, na vila Dr. Laurindo. De lá, partem todas as viaturas utilizadas nos patrulhamentos do município. As bases comunitárias serviriam de pontos de apoio para a prestação de serviços de modo mais célere.
Entre 2005 e 2012, o município teve três unidades inauguradas, totalizando quatro em funcionamento. Posteriormente, as bases foram desativadas, com a retomada dos trabalhos sendo realizada oficialmente no Jardim Santa Rita de Cássia, no dia 8 deste mês.
Na ocasião, a Prefeitura realizou cerimônia de reinstalação da base comunitária no bairro, a primeira de cinco a entrar em funcionamento.
O Executivo tem planos de reativar as bases nos bairros Enxovia e Mirandas e no distrito de Americana. Também quer instalar, em prédio no qual funcionou o Fusstat (Fundo Social de Solidariedade), a unidade do Jardim Mantovani.
Os espaços serão reabertos, conforme a prefeita, “no devido tempo”. Maria José afirmou que a retomada dos trabalhos das bases é prioridade na gestão da segurança pública.
Acrescentou, ainda, que as unidades funcionarão como mecanismos para estreitar a relação da administração com a população. “Hoje, nós priorizamos uma base mais voltada para o servir”, complementou.
Resultado de empenho de guardas civis municipais e de funcionários da Secretaria Municipal de Obras, a reinauguração da unidade no Santa Rita teve um significado especial para o ex-prefeito. Gonzaga afirmou que voltar à base como secretário 12 anos depois de tê-la aberto tornou-se motivo de orgulho.
Ele destacou que a ação só foi possível pelo empenho da administração. “É motivo de orgulho pelo trabalho sendo feito em apenas 98 dias e com tantas dificuldades que enfrentamos na parte burocrática. Não é fácil colocar o carro para andar novamente, depois de ele ter ficado parado por tanto tempo”, declarou.
A unidade do Santa Rita será atendida por efetivo que varia entre oito e dez homens. Contudo, o número de guardas poderá variar, conforme as atividades a serem realizadas, explicou o comandante da corporação, inspetor Fábio Luciano Leme.
“Durante o dia, o local será bastante movimentado, com guardas desenvolvendo projetos sociais, além dos que vão cuidar da base e os que estarão nas viaturas utilizadas, frequentemente, para fazer rondas”, descreveu.
Inicialmente, o comando pretende destacar duas viaturas para atender ao bairro. As equipes serão divididas em plantões diurno e noturno, com efetivo variando conforme o horário e a ocupação. A base conta com rádio comunicador, telefone fixo e computador. “Ela será como uma subsede da GCM”, disse Leme.
O comandante explicou que o telefone fixo poderá ser utilizado pela população em situações de emergência. A ideia da GCM é que a comunidade procure o espaço para participar de projetos sociais e, em caso de necessidade, possa utilizar os equipamentos disponíveis para obter atendimento.
Já o rádio comunicador é empregado para comunicação interna. O equipamento permite ao guarda do posto fazer contato direto com as viaturas para procedimentos que envolvem ocorrências. Os computadores terão usos destinados ao desenvolvimento de projetos sociais.
Dada a localização, a unidade do Santa Rita pode permitir à corporação tornar-se importante suporte para os serviços de atendimento de urgência e emergência.
Em casos de acidentes de trânsito ocorridos na rua Teófilo de Andrade Gama, por exemplo, a corporação poderá enviar uma viatura mais próxima, para garantir integridade dos envolvidos no caso, por meio de isolamento.
“A Guarda é multidisciplinar, atende várias funções. As pessoas imaginam que ela atua somente na questão de segurança, mas fazemos diversos atendimentos, não a emergência propriamente dita, mas auxiliando”, completou Leme.
No Santa Rita, como nos demais bairros com postos a serem reabertos, o atendimento à população será feito no período de 12 horas. Porém, o secretário municipal da Segurança Pública e Mobilidade Urbana, José Roberto Xavier da Silva, informou que o funcionamento pode ser estendido “à medida que houver uma evolução da comunicação entre Prefeitura e população”.
“Tudo isso vai ser analisado com o tempo, mas o que nós queremos é que a população tenha na base um reconhecimento, um apoio para os serviços de saúde, ou qualquer outro setor que esteja ligado ao poder público”, acrescentou.
Apesar de confirmar a intenção de reabrir as demais bases e instalar uma quinta, o secretário informou que a Prefeitura ainda não tem cronograma definido. Xavier antecipou que a próxima unidade a funcionar deve ser a do Jardim Mantovani.
Já no distrito de Americana, a retomada dos trabalhos dependerá de avaliações e da continuidade de mobilização encabeçada por moradores e que teve apoio do ex-secretário da pasta, José Alexandre Garcia Andreucci. Embora a Prefeitura disponha de prédio próprio no bairro, o local é considerado vulnerável.
Conforme Xavier, o Executivo pretende dar continuidade ao projeto de construção de um prédio próprio, com apoio da comunidade. “Por isso é difícil dizer as datas de reaberturas. Na Americana, o prédio existente é deficiente, mas a comunidade tem interesse, e isso é o principal para nós”, concluiu.