Jornalista de O Progresso de Tatuí, Brunno Vogah integra nova edição de Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea: Além da Terra, Além do Céu. O trabalho dele, a poesia denominada “Tempo Cinza”, é um dos mais de 700 textos que estão compilados no segundo volume a ser lançado em maio em São Paulo.
Vogah recebeu convite para participar do livro em fevereiro deste ano, enviado pelo fundador e presidente da Chiado Editora, Gonçalo Martins. Em janeiro, a companhia especializada na publicação de autores contemporâneos (portugueses e brasileiros), iniciou o processo de organização.
Além do lançamento programado para acontecer na capital, a obra terá várias apresentações. Entre as quais, a Bienal do Livro do RJ (Rio de Janeiro) e a Feira do Livro, em Lisboa, Portugal. Conforme a editora, na Europa, a antologia promete ser “um dos livros de poesia brasileira mais marcantes do ano”.
O objetivo do livro é apresentar “obras verdadeiramente representativas dos poetas contemporâneos brasileiros”. Para isso, a Chiado Editora convidou os autores a enviarem poemas para apreciação e, eventualmente, a publicação no volume.
Vogah inscreveu poema que tem relação com a atualidade e, ao mesmo tempo, pode ser considerado atemporal. O autor toca em temas delicados, como desesperança, pobreza e indignação para despertar no leitor o sentimento da luta por uma mudança e para garantir um futuro melhor, sem “temores”.
Nascido em Jaboticabal, Brunno Vogah é jornalista formado pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Ele integra a equipe do jornal O Progresso desde novembro de 2015, tendo experiências anteriores no jornalismo impresso, online e rádio, como os veículos “A Voz de Cravinhos” (Cravinhos-SP), “Portal Revide” (Ribeirão Preto-SP), jornal “Debate” (Jaboticabal-SP) e rádio Vida Nova AM (Jaboticabal-SP).
Ainda neste ano, Vogah lançará mais uma obra. Trata-se do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura: A Relação da Imprensa com os Ditadores”, pela Paco Editorial. O trabalho ainda não tem data prevista de apresentação.
Nele, o autor analisa o posicionamento da imprensa brasileira diante dos fatos mais emblemáticos da ditadura civil-militar. O livro tem como ponto de partida uma série de questionamentos. Entre eles, se “os órgãos de imprensa foram vítimas dos ditadores ou havia uma relação de simbiose e promiscuidade entre os donos de jornais e os governos presididos pelos generais”.
Ao longo dos capítulos, Vogah traz respostas “com base em pesquisa profunda em arquivos digitais da Biblioteca Nacional e jornais da época”. O livro também tem embasamento em materiais bibliográficos de diversos autores e entrevistas, resultando em narrativa do posicionamento da imprensa brasileira nos principais fatos da vida brasileira entre os anos de 1964 e 1985.
Entre os acontecimentos analisados pelo autor, estão: a crise institucional que culminou na deposição do presidente João Goulart, o endurecimento com o regime de exceção com o AI-5, a resistência armada contra os desmandos da ditadura, a morte do jornalista Vladmir Herzog, e a reabertura política.