O Banco de Alimentos implantará, nas próximas semanas, mudanças no formato de entrega de cestas às famílias. Atualmente, uma Volkswagen Kombi faz o serviço casa por casa. Em cada viagem, é possível carregar 25 caixas de alimentos.
A proposta do órgão é espalhar para todos os bairros da cidade o sistema vigente na vila Angélica e no Jardim Santa Rita de Cássia. Lá, os moradores atendidos pelo programa buscam as caixas no pátio de uma igreja.
“Deixaremos uma funcionária no local, que anotará todas as famílias que buscaram a cesta. Esse modelo fortalece o vínculo nosso com os beneficiários e também nos dá a oportunidade de o veículo realizar outras entregas às entidades e aos acamados que continuaram recebendo a entrega”, explicou.
O órgão deverá anunciar, nos próximos dias, o cronograma de entregas das caixas de alimentos. A distribuição pode ocorrer nos Cras, nas UBSs e nos centros de capacitação do Fusstat.
Outra novidade a ser implantada é a realização de palestras sobre direito alimentar e dicas nutricionais. As aulas serão ministradas pela própria assessora da Secretaria da Agricultura. A cada mês, beneficiários de cada bairro terão de assistir os painéis nos locais de entrega de alimentos.
“A alimentação é um direito, mas precisamos que as pessoas entendam que não podem ser dependentes do banco para o resto da vida. Para haver essa conscientização, é necessário discutir com eles, conversar, dar ideias de alternativas de nutrição”, apontou.
Outra ideia é ajudar os beneficiários do banco a cultivarem alimentos no quintal de casa. Poderão ser oferecidas mudas e sementes de variedades olerícolas, como vegetais folhosos e tubérculos, cujo manejo seja fácil.
“Queremos dar a oportunidade de que eles plantem o próprio alimento e não dependam de comprar no supermercado. Os vizinhos podem trocar entre si diferentes vegetais e contribuírem com uma alimentação saudável”, declarou.
O projeto pode estender-se ao incentivo de hortas comunitárias. Para isso, todavia, é necessário um planejamento mais apurado, pois precisa de mão de obra, terreno e irrigação.
“A questão é: quem vai regar e com qual água? Quem pagará a conta de água? Isso precisa ser pensado de antemão, mas é uma ideia interessante para mostrarmos para os beneficiários”, concluiu.