Programação do Dia da Mulher tem continuidade neste final de semana

 

As atividades em comemoração ao Dia Internacional da Mulher seguem neste fim de semana na “Praça do Artesanato da Capital da Música”. O espaço funciona na praça Manoel Guedes, conhecida como Praça do Museu.

O principal destaque da programação é a exposição “A Arte de Ser Mulher”, composta por telas produzidas por mulheres da cidade. O evento está programado para iniciar-se às 14h de sábado, 11, e segue até às 20h. Em paralelo à mostra, a praça abriga o “Espaço Vida e Mulher e Beleza”.

Às 15h, no MHPS (Museu Histórico “Paulo Setúbal”), acontece a oficina “Introdução à Filosofia”, organizada pelo Instituto Cultural Amadeus. A capacitação será realizada em parceria com o Movimento Popular Práxis e a Prefeitura.

Em seguida, às 18h, a cantora Evelyse Almeida fará apresentação acústica dedicada às mulheres no palco da Praça do Artesanato. A feirinha realizada pela Prefeitura tem atividades previstas das 10h às 20h, também neste domingo, 12.

A programação do Dia da Mulher será encerrada com a transmissão ao vivo do programa radiofônico “Roda de Violeiros”, das 13h às 16h.

As atividades organizadas pelas secretarias municipais do Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude e da Saúde e pelo Fusstat (Fundo Social de Solidariedade de Tatuí) tiveram início na quarta-feira, 8, com a abertura da Praça do Artesanato e da exposição “Projeto Mais Flor Por Favor”, de curadoria da artista plástica Carmelina Monteiro e realizada por alunos da Apae (Associação de Amigos e Pais dos Excepcionais). A mostra segue até dia 29.

Na quinta-feira, 9, cerca de cem mulheres receberam orientações de saúde e bem-estar na Feira da Saúde da Mulher. A Praça do Museu recebeu técnicas da Secretaria de Saúde, que aferiram a pressão arterial, glicemia, circunferência abdominal, saúde vocal e deram orientações sobre câncer de mama e de colo do útero e DSTs (doenças sexualmente transmissíveis).

Para a diretora da Vigilância em Saúde, Maria Aparecida Silva Marques de Oliveira, é importante que as mulheres se mantenham informadas sobre as principais doenças e façam a prevenção.

“As mulheres cuidam mais da saúde, se comparadas com os homens. A importância da feira é captar casos de mulheres que não sabem que têm diabetes ou hipertensão e outras doenças e diagnosticar, dar orientação e tratar, se for o caso”, explicou.

A diretora acredita que, orientadas, as mulheres tendem a passar as informações para outras mulheres, filhos e maridos. Os casos com maior número de diagnóstico foram os de pressão arterial alta e de diabetes, conforme a diretora.

“Uma professora de educação física mediu a circunferência abdominal. Quanto maior a medida, aumentam as chances de a pessoa ter um AVC (acidente vascular cerebral) ou infarto. Essa atenção é importante”, ressaltou.

A diretora deu como um exemplo da importância das feiras de saúde o caso do próprio marido. Em um dos eventos, ele descobriu ter diabetes e pôde iniciar o tratamento.

Além de orientações sobre saúde e bem-estar, as mulheres que estiveram na Praça do Artesanato tiveram a oportunidade de conhecer melhor os próprios direitos civis.

Um grupo de integrantes do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher deu orientações sobre direitos, prevenção à violência doméstica e sobre as mudanças na Previdência Social, em discussão no Congresso Nacional.

A presidente do conselho, Maria Cláudia Adum, acredita que a reforma previdenciária será um “grande retrocesso” nos direitos femininos, pois “desrespeita a dupla jornada das mulheres”, ao equiparar a idade de aposentadoria delas à dos homens.

“Neste ano, decidimos que o Dia da Mulher seria de lutas, além da celebração. Não podemos deixar de expressar a nossa indignação com as mudanças que o governo Temer quer fazer”, opinou.

Maria Cláudia anunciou que, na terça-feira, 14, a prefeita Maria José Vieira de Camargo participará da primeira reunião do conselho do ano. Ela disse esperar que a chefe do Poder Executivo dê apoio às demandas femininas e faça parcerias.

“Tenho certeza de que ela vestirá a nossa camisa, por ser mulher e mãe de duas mulheres. Nós precisamos de atendimento especializado e de uma casa de acolhimento às vítimas de violência doméstica”, ressaltou.