Sete projetos estão com obras paralisadas, informa prefeita

 

Levantamento divulgado pela prefeita Maria José Vieira de Camargo, na manhã de sexta-feira, 3, aponta atrasos nas conclusões de obras em, pelo menos, sete projetos. Seis deles anunciados e iniciados na administração anterior.

Em entrevista coletiva, Maria José enumerou as obras paralisadas e que receberão atenção nos próximos meses. Informou, também, que o Executivo deu início a um “ciclo” de conclusões com a finalização da Emef (escola municipal de ensino fundamental) no bairro Tanquinho. A unidade foi inaugurada no dia 7 de setembro, mas não estava em funcionamento.

“Além da dívida (deixada pela administração anterior e apurada preliminarmente em R$ 62 milhões), nós temos que economizar e resolver o problema das obras paradas. Entre elas, a ponte do Marapé”, iniciou a prefeita. A obra tinha previsão de conclusão para outubro do ano passado.

Outro projeto que não avançou é o da UPA (unidade de pronto atendimento). “Em quatro anos, não se viu um funcionário trabalhando nela”, declarou Maria José.

Iniciada em 2010, a construção da unidade foi interrompida por três vezes – a última em setembro de 2015. Pelo cronograma divulgado em 2016, o prédio deveria ter sido entregue em outubro passado.

Em julho de 2016, a Prefeitura transferiu a responsabilidade da construção para o Instituto Hygia, organização social de São Paulo. Para isso, assinou cessão de administração do prédio, no valor de R$ 1,487 milhão por mês, prevendo término da obra, instalação de equipamentos e administração.

Situada em outro ponto do município, a UBS (unidade básica de saúde) do Jardins de Tatuí está paralisada há mais tempo. Orçado em mais de R$ 300 mil, o posto deveria ter sido concluído em abril de 2014. O motivo anunciado pelo Executivo foi o atraso nos repasses do governo federal.

“Temos outras obras importantes sem produção alguma. Só para citar, a academia do idoso, a praça do esporte no Jardim Santa Rita de Cássia, a praça da Fundação Manoel Guedes e a segunda ponte da Colina Verde”, enumerou a prefeita.

Além disso, Maria José afirmou que o Executivo verificou situações não previstas, como a falta de equipamentos na escola do Tanquinho. “Ela foi inaugurada a toque de caixa e não tinha nem lousas. Foi entregue e nunca recebeu um aluno. Foi apenas um jogo de cena”, declarou.

Conforme a prefeita, a administração anterior não tinha instalado lousas e outros equipamentos, como carteiras, luzes e interruptores. Para poder utilizar a unidade, a Secretaria Municipal de Educação realizou um mutirão, com apoio de funcionários.

Sob o comando da professora Marisa Aparecida Mendes Fiúsa Kodaira, titular da pata, a equipe concluiu a pintura das salas de aula e a implantação dos dispositivos faltantes. Com isso, prevê receber alunos ainda neste primeiro semestre.