
“Minha missão não é fácil, mas não sou de ficar reclamando, debruçada sobre os problemas. Sou de arregaçar as mangas e trabalhar”.
A declaração da prefeita Maria José Vieira de Camargo foi feita na noite de terça-feira, 24, quando apresentou uma espécie de resumo das ações de governo para professores, vereadores, secretários municipais e membros de instituições.
Em pronunciamento na ocasião do lançamento do projeto “Abrace Tatuí” – iniciativa do Fusstat (Fundo Social de Solidariedade) em parceria com a Prefeitura -, Maria José afirmou que a situação da cidade “é visível aos olhos de todos”.
A prefeita citou, como problemas, as quedas e interdições de pontes, os buracos “generalizados” na malha viária e os matos nas ruas, calçadas e praças. “Os problemas que vocês enxergam de fora são somados aos que encontramos na Prefeitura”, iniciou.
No discurso, Maria José enfatizou o empenho da equipe de governo em ajudar a provedoria da Santa Casa de Misericórdia a resolver a questão da contratualização.
O hospital não dispunha de CND (certidão negativa de débito), documento exigido para celebrar convênio com a municipalidade e, assim, receber por atendimentos prestados ao SUS (Sistema Único de Saúde).
“Meu primeiro ato como prefeita foi repassar a verba que veio das sobras da Câmara Municipal para pagar parte dos atrasos da folha dos funcionários”, disse.
Maria José encaminhou, no dia 3 de janeiro, projeto de urgência-urgentíssima para apreciação dos vereadores. A matéria, aprovada na noite do dia 5 e sancionada posteriormente, autorizou o Executivo a repassar o chamado duodécimo, enviado pela Casa de Leis à Prefeitura, para uso da Santa Casa.
A prefeita declarou que, desde que assumira a administração, esteve empenhada “diariamente” na tarefa de dar uma solução para a situação do hospital.
“Hoje (dia 24), conseguimos avançar. A nova contratualização será assinada amanhã (quarta-feira, 25) pela manhã, com autorização judicial”, antecipou.
Na terça, a expectativa da prefeita era de que a greve dos funcionários “chegasse ao fim nas próximas horas”. A confirmação veio na noite do dia seguinte, por meio de nota divulgada pelo Sinsaúde (Sindicato Único dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Sorocaba e região).
Sobre as pontes, a prefeita declarou que o município poderá ter “boas novidades” nos próximos dias. Maria José afirmou estar estudando a reconstrução dos acessos que caíram (em março de 2015, no Marapé, e neste mês, no Jardim Junqueira).
“Decretamos estado de emergência e estamos buscando recursos, mas nossas demandas estão bem encaminhadas”, informou.
A prefeita divulgou, também, uma parcial do levantamento da dívida pública (herdada). Conforme ela, o Executivo tem R$ 62 milhões em débitos que teriam sido deixados pela administração anterior. O valor ainda não seria o total.
Além disso, no início de governo, Maria José afirmou que precisou lidar com a normalização da coleta de lixo doméstico, que ficara reduzida. “A cidade estava sem o serviço da empresa responsável. Agimos rapidamente para que os efeitos não fossem mais drasticamente sentidos pela população”, falou.
No primeiro balanço de governo, a prefeita incluiu os danos provocados pelas chuvas na malha asfáltica do município. Segundo ela, as chuvas torrenciais que atingiram a cidade nos primeiros dias do ano “castigaram ainda mais” as ruas e avenidas. “Os buracos que já existiam se multiplicaram”, apontou.
Considerando que há “muito que se fazer”, Maria José afirmou que buscará solução a cada novo problema surgido. A prefeita encerrou convidando o público que compareceu ao Auditório Municipal “Jornalista Maurício Loureiro Gama”, do Nebam (Núcleo de Educação Básica Municipal) “Ayrton Senna da Silva”, a colaborar com o projeto do Fundo Social.







