O governo do Estado de São Paulo homologou, nesta semana, decreto que institui situação de emergência em Tatuí. A informação é da assessoria de imprensa do governador Geraldo Alckmin.
De acordo com o setor, Alckmin assinou o decreto 62.429 na quinta-feira, 19. Na mesma data, ratificou outro documento, de número 64.428, atendendo pedido igual (de reconhecimento de situação emergencial) de Francisco Morato.
Ambos os decretos foram publicados na edição de sexta-feira, 20, do DOE (“Diário Oficial”) do Estado. Tatuí requisitou apoio do governo por meio da prefeita Maria José Vieira de Camargo.
A homologação se deu pouco mais de duas semanas após a queda da ponte que liga o Jardim Junqueira à avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali. O dispositivo ruiu na manhã do dia 5 deste mês.
Com o documento, a Defesa Civil do Estado reconhece formalmente o apelo do município, que sofreu estragos provocados pelas fortes chuvas no início do ano. O decreto tem validade de 180 dias e deve facilitar a contratação de empresas para a reconstrução da ponte do Junqueira e obras relacionadas.
Segundo o governo, os danos ocasionados pelas precipitações comprometeram parcialmente a capacidade de resposta e o reestabelecimento da normalidade em Tatuí e Francisco Morato. Esta situação atende à Instrução Normativa do Ministério da Integração Nacional.
As duas prefeituras estão autorizadas, a partir dos decretos, a receberem apoio do governo estadual “mais rapidamente”. O Estado deve prestar ajuda complementar às prefeituras e à população das áreas afetadas nas duas cidades, por meio de órgãos e entidades de sua administração. Para isso, será necessária “articulação prévia” com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
O decreto estadual tem efeito retroativo ao dia 6, data na qual Maria José assinou o documento municipal 17.610, por conta da queda da ponte. No dia 9, técnicos da Defesa Civil do Estado estiveram em Tatuí para vistoriar o acesso e a situação das demais ligações interditadas.
Na data, eles autorizaram a Prefeitura a fazer a remoção dos destroços da ponte. O Executivo deu início à limpeza no dia 11, um dia depois da limitação do uso do acesso que liga o centro da cidade ao Jardim Paulista.
As bases de concreto de ambos os lados que ficam abaixo do piso da ponte utilizada para entrar e sair da localidade cederam por conta da chuva.
O volume provocou deslizamento de terra nos dois extremos da ligação, fazendo com que placas de concreto se movessem. A ponte está localizada entre a marginal do ribeirão do Manduca e a avenida Júlio de Mesquita Filho (perto do Sesi) e dá acesso à rua Lions Clube de Tatuí.
Para garantir a segurança dos usuários e evitar transtornos, a Prefeitura instalou tubos de concreto. Os materiais foram colocados no fim da manhã do dia 10, junto com uma fita isolando a parte direita do acesso (no sentido centro-bairro).
Eles permanecem no local por tempo indeterminado, já que não há previsão para que a Prefeitura possa fazer a recuperação e a liberação do uso.
Nesta semana, porém, o Executivo bloqueou totalmente o acesso à ligação. Nem mesmo veículos leves estão autorizados a passar pelo trecho, por conta de risco de queda.
Os moradores que precisam se deslocar (entrar e sair) estão fazendo uso de outra ponte, que havia sido interditada totalmente, mas está liberada parcialmente, a do Residencial Bosques do Junqueira.
A Prefeitura recebeu, no dia 13, visita de membros do Exército. Os militares estiveram no município a convite do subtenente da reserva Raul Vallerine, para avaliar a possibilidade de implantar pontes metálicas provisórias no Marapé e Junqueira. O município aguarda resposta do Ministério da Defesa.