2ª ponte ao longo do ribeirão do Manduca sofre interdição

 

A Prefeitura realizou, no fim da manhã de ontem, terça-feira, 10, a interdição de mais uma ponte situada ao longo do ribeirão do Manduca. Por recomendação da DC (Defesa Civil) da cidade e da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, o Executivo limitou o uso de acesso de veículos ao Jardim Paulista.

As bases de concreto de ambos os lados que ficam abaixo do piso da ponte utilizada para entrar e sair da localidade cederam por conta da chuva.

Entre as 19h de segunda-feira, 9, e as 4h30 de ontem, o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) registrou 56,60 milímetros em precipitações no município. Houve, também, vendaval. Os ventos chegaram a retorcer estruturas de metal próximo à ponte interditada.

O volume provocou um deslizamento de terra nos dois extremos da ligação, fazendo com que placas de concreto se movessem. A ponte está localizada entre a marginal do ribeirão do Manduca e a avenida Júlio de Mesquita Filho (perto do Sesi – Serviço Social da Indústria) e dá acesso à rua Lions Clube de Tatuí.

Para garantir a segurança dos usuários e evitar transtornos, a Prefeitura instalou tubos de concreto. Os materiais foram colocados no fim da manhã de ontem, junto com uma fita isolando a parte direita do acesso (no sentido centro bairro).

Eles permanecerão no local por tempo indeterminado, já que não há previsão para que a Prefeitura possa fazer a recuperação e a liberação do uso.

Até às 18h, a Guarda Civil Municipal destacou dois integrantes do efetivo para orientar os motoristas. O acesso está liberado apenas para veículos leves.

Esta é a segunda ponte interditada parcialmente pela Prefeitura ao longo do ribeirão. Em janeiro do ano passado, o Executivo restringiu o uso da via de ligação entre as ruas Nhô Inácio Vieira e Marrey Marques de Oliveira, na Colina Verde.

O acesso chegou a ser totalmente fechado por conta de obras de recuperação. Na ocasião, a Prefeitura orientou os moradores a fazerem uso “exclusivamente” da ponte principal, que fica na rua Caridade Terceira, recuperada em 2013.

Desde então, o acesso não voltou a ser utilizado normalmente pelos moradores. Na mesma situação, estão residentes e comerciantes do entorno da rua Capitão Lisboa e da avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali, no Marapé. Em março do ano passado, também por conta de chuva, a ponte do bairro caiu.

A Prefeitura pleiteou recursos junto à Casa Militar, do governo do Estado de São Paulo, para reconstrução. As obras tiveram início em julho do ano passado, mas não avançaram.

O Executivo informou, ainda em 2016, que a empresa vencedora de licitação tivera dificuldades para realizar a obra e, por não ter cumprido com o cronograma, não pôde receber os valores previstos em contrato. O Estado faz pagamentos com base em medições (conforme a construção é realizada).

Com a interdição, usuários que precisam se deslocar para a região oeste do município ficaram com “poucas opções”. Das sete pontes que servem a essa parte da cidade, apenas a do Jardim Lírio (sobre o rio Tatuí) pode ser utilizada livremente.

A ligação com o Residencial Bosques do Junqueira é de uso de moradores, prestadores de serviços, familiares dos condôminos e convidados.

No entanto, o Executivo deverá providenciar um estudo para avaliar a condição estrutural da ponte do Jardim Lírio. Com as interdições e quedas das outras, a ligação passou a ser a única que dá acesso ao anel viário utilizado por veículos pesados.

Ônibus que fazem linhas intermunicipais (para a cidade de Cerquilho, por exemplo) também circulam exclusivamente pelo trecho.

A intenção é realizar obras de prevenção e evitar o surgimento de problemas decorrentes da falta de manutenção, prevendo o impacto da passagem dos veículos.

A mesma ação deverá ser feita nas pontes da vila Esperança, que estão sendo utilizadas no desvio da rota para acesso às rodovias Castello Branco (SP-280) e Antônio Romano Schincariol (SP-127).