A Prefeitura decretou, nesta semana, estado de emergência por conta da queda da ponte que liga o Jardim Junqueira à avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali, na vila São Cristóvão. O acesso entre os bairros despencou pouco depois das 12h de quinta-feira, 5, e deverá ser reconstruído “o mais breve possível”.
O vice-prefeito Luiz Paulo Ribeiro da Silva disse a O Progresso que a equipe da administração está empenhada em resolver a questão. Ainda na tarde de quinta, Luiz Paulo se reuniu com secretários municipais para discutir os detalhes.
A preocupação do Executivo é com a reconstrução, a normalização do tráfego de veículos, a segurança dos usuários e a obtenção de recursos para as obras. A ponte do Junqueira estava interditada desde dezembro do ano passado.
Por recomendação da Defesa Civil do município, a Prefeitura interrompeu parcialmente o uso do acesso. Funcionários do Demutt (Departamento de Trânsito e Transportes) e da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura colocaram tubos de concreto para impedir a passagem de veículos pesados (caminhões e ônibus).
Motos, automóveis e utilitários leves continuaram a passar pela ponte, que apresentou um desnivelamento.
Em dezembro, em função das chuvas e do aumento do fluxo de veículos, o piso do acesso cedeu em uma das extremidades. Desde a queda de outra ponte – a do Marapé – em março do ano passado, o Jardim Junqueira passou a ser o principal ponto de acesso ao centro do município por moradores da periferia.
Veículos que chegavam à cidade, vindos das rodovias Castello Branco (SP-280) e Antônio Romano Schincariol (SP-127) também tinham de passar pela ponte, por conta do desvio.
Com a interdição parcial, uma parte dos veículos pesados foi direcionada para a primeira etapa do anel viário; a outra, para a rua 11 de Agosto.
“A ponte não aguentou a chuva e os carros que continuaram passando”, explicou Luiz Paulo. Conforme o vice-prefeito, a nova administração não teve tempo hábil (começou as atividades na segunda-feira, 2) para realizar uma obra no local.
O vice-prefeito informou, ainda, que não houve feridos. Ninguém passava pela ponte no momento em que ela ruiu. “Não tivemos relatos de incidente”, ressaltou.
Além do decreto de situação de emergência, o vice-prefeito disse que o Executivo prepara um plano de urgência para direcionamento do trânsito. “Estamos elaborando, com o responsável pelo setor, uma rota alternativa para que motoristas e pedestres possam ter acesso ao centro e à periferia”, comentou.
No dia 5, a Prefeitura mobilizou todo o aparato do Departamento de Trânsito, Guarda Civil Municipal e Defesa Civil para estabelecer um novo traçado.
No mesmo dia, a prefeita determinou que a equipe de governo elaborasse dois projetos: um para reconstrução da ponte do Junqueira e outro para o término – em caráter de urgência – da ligação do Marapé.
“Nós queremos que as reconstruções sejam feitas concomitantemente. Em outras palavras, enquanto uma equipe estiver levantando a ponte do Junqueira, a outra estará no Marapé, para terminarmos o mais rápido possível”, antecipou.
Para realizar as obras, a Prefeitura deve buscar “recursos onde existirem”. Uma parte do dinheiro deverá vir dos próprios cofres públicos, conforme Luiz Paulo. O restante será pleiteado pela equipe junto ao governo do Estado e à União.
“Faremos estas duas obras com o que tivermos. Já estamos discutindo com a Defesa Civil do Estado para obtermos mais recursos. Vamos buscar onde houver dinheiro. Trabalharemos muito para isso”, acrescentou o vice-prefeito.
Uma vez “em estado de emergência”, a Prefeitura ganhará agilidade na contratação de empresa (ou empresas) responsável pela realização das obras. Isso porque o decreto dá “flexibilidade” ao Executivo para emergências.