Sexto candidato eleito por número de votos e apontado como o nono integrante da base aliada da prefeita eleita Maria José Vieira de Camargo, Rodnei Rocha é o primeiro edil a admitir que pleiteia o cargo máximo do Legislativo.
Conhecido como Nei Loko, ele ingressou na política por conta de experiência anterior. O vereador eleito já exerceu o cargo de assessor parlamentar. “Daí, as portas se abriram para eu tentar uma eleição”, contou.
Já na “estreia”, Nei Loko recebeu 1.231 votos. Boa parte da “performance” é atribuída à internet, meio pelo qual ele disse ter conquistado eleitores.
Ele cita algumas marcas obtidas com a ajuda de redes sociais. Entre elas, um vídeo no qual faz um “desabafo” que teve mais de 9.000 visualizações e a transmissão de uma participação em comício, com mais de 35 mil compartilhamentos.
Para o candidato, o “meio virtual” compensou dificuldades como a falta de tempo. O vereador eleito precisou conciliar o trabalho em uma empresa privada com a campanha. Também contrariou a vontade da família, que não o queria na disputa.
Colaborou, para o resultado, o fato de o vereador eleito ter sido presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. O órgão permitiu a ele “mais projeção”. Entretanto, Rocha afirma que ingressou na política por “não acreditar mais nas pessoas que estão envolvidas nela e porque resolveu ser líder”.
A disputa pela Câmara Municipal se deu pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). A sigla fez coligação com o PP (Partido Progressista) e o PTN (Partido Trabalhista Nacional) e, no que depender de Rocha, terá mais que um representante. Ele antecipou que está brigando para fazer parte da mesa diretora.
O vereador eleito tem como meta a presidência da Casa de Leis. “Já dei o meu nome. Eu quero mostrar o que é o trabalho de excelência de um presidente”, disse.
Apesar do desejo, ele vislumbra chances mínimas, dado o trabalho de articulação dos demais membros que integram a base aliada da prefeita eleita.
Rocha adiantou que apoiará a prefeita eleita até o fim do mandato dela, mas, nesse período, realizará o papel que ele entende caber a um parlamentar: “de apresentar ideias, questionar, entender e, principalmente, participar das decisões”.
Mesmo a 70 dias de ocupar a cadeira na Câmara (quando acontecerá a primeira sessão ordinária de 2017), Rocha tem várias ideias que pretende colocar em prática. Elas abrangem a implantação de cooperativas para construção de casas populares e coleta de lixo para desonerar os cofres públicos.
