A Prefeitura e o Grupo Pacaembu programam para o mês que vem a entrega de 600 casas – das 1.295 – que integram o empreendimento Vida Nova Tatuí. Mutuários que financiaram as propriedades deverão receber as chaves no mês que vem, em dia ainda a ser definido pelo Executivo e pela construtora.
As outras 690 unidades que integram a primeira etapa do empreendimento deverão ser liberadas para os compradores em novembro. O cronograma preliminar foi divulgado pelo prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, nesta semana.
Ele inclui, ainda, a conclusão do asfaltamento da rua Porfírio de Campos. Trata-se de compromisso firmado entre o poder público e a iniciativa privada em maio de 2015.
O empreendimento, apelidado de “Minicidade”, começou a ser erguido no dia 22 de maio. Na data, houve o lançamento da pedra fundamental do novo residencial.
Localizado no bairro Água Branca, o Vida Nova Tatuí será composto por 2.353 unidades, na soma das residências da fase um e dois. A primeira e a segunda etapa serão concluídas por módulos. Ao todo, a primeira fase conta com oito.
De acordo com a construtora, o primeiro módulo abrigará 232 unidades, a serem entregues no mês que vem. Os seguintes serão compostos por 215 casas (segundo), 198 (terceiro), 218, 202 e 230 (quarto, quinto e sexto, respectivamente).
O início das obras de cada fase é condicionado à assinatura dos contratos e à liberação pela CEF (Caixa Econômica Federal). Conforme a Caixa vai liberando, os mutuários assinam contrato e a autorização de construção é emitida.
O empreendimento contempla financiamento realizado por meio do Minha Casa Minha Vida, programa do governo federal, e não por sorteio. Os imóveis têm área útil de 54,27 metros quadrados e área total construída de 39,10 metros quadrados. Cada residência conta com dois quartos, sala, cozinha com azulejo, banheiro, laje, pisos cerâmicos em todos os cômodos e área coberta.
Nas contas do prefeito, o empreendimento, quando concluído, abrigará, aproximadamente, dez mil moradores. O número de residentes confere ao novo bairro “status” de “minicidade” e deve exigir investimentos. Entre eles, pré-escola e escola de ensino fundamental no bairro Tanquinho.
A primeira fase do empreendimento teve custo estimado em R$ 128 milhões. A construtora fixou, para cada imóvel, valor de R$ 98.900, que podem ser pagos à vista, ou por meio de financiamento junto à CEF.
Conforme o prefeito, as entregas das duas etapas concluem a primeira fase do empreendimento. “Provavelmente, estamos contando que, a partir de dezembro, já se iniciem as das outras 1.058 unidades do novo bairro”, disse.
Manu afirmou que “tanto a construtora como o Executivo estão bastante esperançosos de que o residencial possa ser concluído a partir do fim deste ano”.
A expectativa, porém, dependeria da permanência do interino Michel Temer na presidência da República. O Senado deve julgar, a partir desta semana, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afastada em maio.
“Temos o terreno e já temos o projeto aprovado. Entretanto, tudo depende de Brasília. Enquanto o Temer não assumir, as coisas ficam imprevisíveis”, declarou o prefeito.
Conforme ele, a Prefeitura contava com a autorização de contratação da construção para unidades na faixa um do programa. Essa modalidade contempla unidades habitacionais para famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.800. Os valores dos imóveis, no entanto, variam conforme a localidade.
Porém, para a segunda fase do empreendimento local, Manu afirmou que não há previsão de construções nessa faixa. “Fomos bater lá (em Brasília), mas ainda não está aberta a contratação para a faixa um, que passou para um e meio”, disse.
Esse estrato se destina a famílias com renda de até R$ 2.350. Nessa faixa, o governo federal oferece subsídios de até R$ 45 mil para financiamento de imóveis de até R$ 135 mil, com preço que depende de cada região do país.
Para a construção do empreendimento, o Executivo auxiliou a empresa na aprovação do projeto pelo Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo). Como projeção de investimento nas duas fases, o prefeito disse que ele pode chegar a R$ 250 milhões.
Anunciado como “o maior projeto habitacional da história de Tatuí”, o residencial teve primeira fase destinada a famílias com renda comprovada a partir de R$ 1.600.
Além das unidades habitacionais, o Vida Nova conta com lotes comerciais. Eles são destinados a empreendedores que queiram investir em negócios, como padarias, minimercados, entre outros.
Os terrenos foram registrados como centro comercial e correspondem a 10% do total do empreendimento. Ao todo, cem estão disponíveis para negócios.