Um viaduto para interligação das marginais paralelas à rodovia Antônio Romano Schincariol (SP-127) à região do novo fórum da comarca completará o “ciclo de projetos” que atenderão ao novo distrito industrial da cidade.
A proposta, que está sendo discutida, já foi aprovada pela Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo) em sua fase “funcional”.
A informação é do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, que não pôde estar presente na cerimônia de início das obras da rodovia (reportagem nesta edição). A legislação eleitoral impede pré-candidatos de participarem de eventos públicos, com recursos públicos ou que possam ser usados como promoção pessoal.
A O Progresso, por telefone, o prefeito disse que o Executivo tem “boas expectativas” com relação ao novo projeto. Manu divulgou a proposta na mesma data em que o governador Geraldo Alckmin esteve em Tatuí, sexta-feira, 22.
Ele afirmou que as melhorias são resultado de um “árduo trabalho iniciado pela administração em 2013”. Manu considerou o início das obras uma mostra de que a Prefeitura cumpriu com as etapas solicitadas pelos investidores. A construção de uma avenida marginal era exigência feita tanto por representantes da Noma do Brasil como da chinesa Zoomlion.
“Quando assumi a Prefeitura, tinha na minha mesa apenas um protocolo de intenções com a Noma e que rezava várias exigências, uma delas a marginal”, disse Manu. A via será o principal acesso para a entrada da fábrica em construção. Os empresários paranaenses devem investir R$ 75 milhões na planta local.
Desse valor, R$ 25 milhões foram obtidos com apoio do prefeito. Manu disse que precisou recorrer ao Estado para que a empresa pudesse obter o financiamento. Para isso, declarou ter contado com apoio do deputado estadual Edson Giriboni.
Com o parlamentar, o prefeito percorreu os principais órgãos governamentais. A intenção era obter o acesso. “Quando cheguei lá (na Artesp), descobri que nem pedido de avenida existia. Aí, fiz um ao governador, em 2013”, relatou.
A solicitação esbarrou em outro problema que precisou ser solucionado com a intervenção do Executivo. Manu afirmou que a obra teve de ser revista por conta da localização do SAU (Serviço de Atendimento ao Usuário), mantido pela concessionária CCR SPVias. O posto de parada de usuários atual está localizado no meio de onde será o acesso ao novo distrito industrial.
“Voltamos ao início, porque tínhamos que remover e a SPVias não queria assumir o custo. Houve um trabalho de superação e de engenharia”, disse o prefeito.
O impasse foi resolvido em entendimento entre a Prefeitura, a Noma e a Zoomlion. Uma vez superado o obstáculo, o projeto seguiu para licitação e autorização de início de obras. Neste mês, ele começou a tomar corpo com a vinda de Alckmin.
“É uma marginal de R$ 15,5 milhões, um valor bastante elevado, que não serve só à Noma, mas ao distrito industrial, por ser composta de vários dispositivos”, comentou o prefeito, referindo-se à passarela, à calçada e aos pontos de ônibus.
O passo seguinte será o viaduto de interligação do distrito (no sentido sul) com a cidade (no sentido norte da SP-127). Para o prefeito, o dispositivo vai atender não só às empresas, mas moradores e empreendimentos do lado do novo fórum.
“Uma obra dessas será de grande utilidade para facilitar todo o transporte naquela área. Atualmente, temos muitas dificuldades por estrangulamento do trânsito na avenida Pompeo Reali. Futuramente, com Noma e outras novas empresas, a situação deve ficar mais difícil ainda. Então, contamos com a colaboração do governador para, futuramente, autorizar mais essa obra”, disse.
Depois de aprovado na Artesp, o projeto funcional será transformado em executivo. Só então o município, o governo, a agência e a concessionária vão ter noção do custo.
“Imagino que isso (a construção do novo viaduto) vai ser um processo natural, porque seria inviável mais para frente não fazer a obra”, encerrou o prefeito.
