O Fundo Social de Solidariedade de Tatuí e a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura estão fazendo os últimos ajustes no antigo barracão da Estação Ferroviária.
A edificação principal, local onde serão instaladas as salas de aulas para os cursos de construção civil e culinária, já recebeu pintura na parte externa e interna.
Algumas paredes aguardam o trabalho da equipe de pedreiros para o reboco. O ambiente foi limpo e deve receber as aulas práticas de construção na primeira semana de agosto.
Funcionários do Fundo já estão trabalhando no escritório, que foi pintado e adaptado. De acordo com a presidente do órgão, a primeira-dama Ana Paula Cury Fiuza Coelho, a mudança de local será feita progressivamente.
“Agora, temos três funcionários trabalhando lá. Na medida em que tivermos mais infraestrutura, como telefone, internet, vamos aumentando o número de servidores no local”, informou.
A equipe de reforma foi reforçada nos últimos dias. Os funcionários da Secretaria de Infraestrutura que estavam atuando na UBS (unidade básica de saúde) do Jardim Tókio estão trabalhando para acelerar as obras na nova sede do Fundo Social.
De acordo com a primeira-dama, a inauguração não vai alterar o funcionamento dos atuais centros de capacitação espalhados pela cidade. “Os centros de capacitação continuam normalmente, como sempre foi. As pessoas vão ganhar uma nova opção de lugar”, explicou.
Dos cursos atuais, somente o de construção civil vai trocar de lugar, mas, ainda assim, progressivamente. No início de agosto, os alunos vão fazer aulas práticas no armazém.
Quando as novas salas de aulas ficarem prontas, eles ficarão concentrados no antigo galpão, enquanto o local onde funciona atualmente, na região central, será desocupado.
Adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no Cras (Centro de Referência de Assistência Social) estão colaborando, instalando uma horta de verduras, ervas e temperos, nos fundos do local, utilizando pneus reaproveitados.
O Fundo Social deve, nos próximos dias, apresentar para o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico) a proposta de restauração do galpão da antiga estação ferroviária.
A reforma total do prédio acontecerá em um segundo momento, de acordo com Ana Paula. O Fundo Social e a Prefeitura buscam meios de financiamento para obra, via Lei Rouanet, do governo federal, ou Proac (Programa de Ação Cultural), do governo do Estado.
O projeto prevê a construção de dois módulos funcionais, com dois pavimentos, que funcionarão como salas de aula. Uma cozinha industrial, para aulas dos cursos culinários, será feita no mesmo método construtivo das outras salas.
A planta prevê, também, a reabertura de portas que foram fechadas no passado, restaurando a fachada antiga do prédio. No total, serão instaladas seis novas portas, três de cada lado da construção. As duas entradas atuais, de porta de correr, serão modificadas, ganhando as dimensões originais, mais estreitas.
Na parte da frente, voltada para a rua Chiquinha Rodrigues, vai ganhar um “deck” de madeira, que vai dobrar o espaço de circulação elevado. Todo o deck deverá ganhar corrimão e guarda-corpo, de acordo com o projeto.
O escritório do Fundo Social, no galpão da estação, também passará por reforma. Serão instalados banheiros com adaptação para pessoa com deficiência.
“Vamos entrar com o processo para conseguir os recursos, via convênio. Hoje, a situação não nos permite fazer uma obra assim, só com recursos locais”, concluiu.