Capacitação treina mais de 2 mil instrutores de autoescolas





Mais de 2.000 instrutores e diretores de CFCs (centro de formação de condutores) já foram capacitados para operar simuladores de direção no Estado de São Paulo. Os dados são referentes ao mês de dezembro.

Na região de Sorocaba, Tatuí, Itapetininga e Boituva, já há cerca de 20 instrutores capacitados. A empresa “Pro Simulador”, que atua com sistema de comodato – no qual a autoescola não tem custo com instalação, manutenção, atualização ou treinamento -, registrou 28 solicitações de simuladores na região.

Neste caso, as autoescolas pagam por aula aplicada. Segundo informações da assessoria de imprensa da Pro Simulador, são 948 clientes para 1.275 simuladores em todo o Estado.

Após a mudança no currículo de formação de novos motoristas – conforme determinação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), por meio da resolução 543, de 15 de julho de 2015, que entrou em vigor neste ano -, tornou-se obrigatório o uso do simulador de direção para os novos condutores.

As autoescolas devem oferecer cinco horas de aula nos simuladores. Para isso, os profissionais precisam obter um certificado de capacitação, por meio de cursos nos quais são aplicados conceitos básicos, como a adaptação de conteúdos tecnológicos da máquina à realidade de cada lugar.

“Ao realizar as aulas no simulador, podemos notar que os alunos se familiarizam com os comandos do veículo. Os novos condutores têm a oportunidade de explorar todos os comandos, sendo possível encontrar situações parecidas com as aulas práticas nas vias públicas”, explicou o diretor de ensino de uma autoescola local, Gediael Nogueira.

Com custo de cerca de R$ 60 mil, as autoescolas não são obrigadas a comprá-los. Os equipamentos podem ser alugados ou, até, adquiridos em consórcio para compartilhamento com outros estabelecimentos que possuem o simulador no município de origem ou em cidades vizinhas.

Em Tatuí, algumas autoescolas já fazem uso do equipamento. Salete Leonel Ferreira, de outra autoescola, conta que dois instrutores e dois diretores da empresa dela já estão capacitados.

“Conforme o regulamento, nossos profissionais estão emitindo o certificado para operar com o simulador de direção, e a empresa já possuí o equipamento para a comodidade dos novos alunos”, afirmou.

A utilização do simulador de direção veicular se aplica apenas para a obtenção da carteira de habilitação categoria B nos processos de primeira habilitação, renovação e adição de categoria.

Os novos condutores a utilizar o simulador serão aqueles que desejam dirigir automóveis de passeio, ou veículos que não excedam 3.500 quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares.

Segundo Nogueira, o equipamento é um ótimo complemento aos alunos. “Além de proporcionar condições adversas de conduta, a máquina possui um monitoramento eficaz. O programa grava vídeo e fotos do aluno durante a aula, envia os dados para o Detran (Departamento de Trânsito de São Paulo), e, ao final da aula, gera um relatório com erros e infrações cometidas durante o percurso”, explicou.

Os estabelecimentos que possuírem ou fizerem uso do equipamento serão avaliados pelo sistema biométrico. Neste caso, será exigida a verificação e confirmação do aluno e instrutor no início e fim de cada aula. Os dados serão armazenados por cinco anos em empresa homologada pelo Detran e o acesso deverá ser restrito ao órgão.

As aulas no equipamento só deverão ocorrer após aprovação do aluno na prova teórica (CFC) e emissão da LADV (licença de aprendizagem para direção veicular). Já as aulas práticas nas vias públicas só ocorrem após a conclusão das aulas no simulador.