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Os músicos Emmanuelle Baldini, Heloísa Meirelles e Horácio Gouveia executarão composições eruditas
O teatro “Procópio Ferreira” recebe o Trio Arqué para única apresentação nesta terça-feira, 6, às 20h30. O concerto de lançamento do CD “Trans-Criações” terá entrada franca à rua São Bento, 415. O projeto tem patrocínio do ProAC (Programa de Ação Cultural) do governo do Estado de São Paulo.
O Trio Arqué é formado pelo violinista Emmanuele Baldini, pela violoncelista Heloísa Meirelles e pelo pianista Horácio Gouveia.
O grupo dedica-se à interpretação de repertório composto para trio de violino, violoncelo e piano, que inclui algumas das melhores obras dos mais renomados compositores eruditos.
Em nota, a assessoria de imprensa do trio ressaltou que a versatilidade artística dos integrantes, todos com trabalho solo e extensa experiência camerística, pode ser ouvida na interpretação de obras de diferentes estilos e períodos da música erudita.
Essa diversidade inclui composições do barroco ao contemporâneo, passeando por compositores, como: Beethoven, Schubert, Mendelssohn, Brahms, Debussy, Ravel, Magnard, Shostakovich, Takemitsu e Kurtág, entre outros.
Formado em 2007, o trio se apresentou em séries tradicionais de música erudita, com especial destaque para concerto dedicado a Maurice Ravel no Teatro Municipal de São Paulo (Música no Olido). Também participou de concertos no CPFL de Campinas, sendo um dedicado a compositores norte-americanos, e outro a obras de Shostakovich, Takemitsu e compositores brasileiros.
O Arqué participou do Recital Oriente-Ocidente, no Centro Cultural São Paulo (trios de Ravel e Takemitsu); e das séries “Raízes Românticas” (obras de Beethoven e Schubert) e “Das notas que ouviam que cores surgiam”, com enfoque nas relações entre música e pintura (Debussy e Ravel / Monet). Essas duas últimas, no Sesc (Serviço Social do Comércio), de São Paulo.
O grupo foi selecionado para apresentação na série “Quintas no BNDES”, no Rio de Janeiro, em 2015, e para gravação de CD de música erudita no edital ProAC 2014.
Vários de seus concertos já foram gravados e transmitidos pela Rádio Cultura FM de São Paulo. Em Tatuí, o trio apresentará obras de Franz Liszt, Arvo Pärt e Arnold Schoenberg/Eduard Steuermann. Elas são a base do projeto “Trans-Criações”.
Nesse trabalho, os músicos “propõem o registro em seu primeiro CD das chamadas aventuras criativas, processos que contribuíram para o enriquecimento do repertório mundial para trio de violino, violoncelo e piano, num importante legado para esta formação no Brasil”.
Integrante do trio, o violinista Baldini foi aluno da classe de “Virtuositè” de Corrado Romano, no Conservatório de Genebra. Vencedor de diversos concursos internacionais, ele deu início à carreira solo após vencer o “Virtuositè” de Genebra, e o 3º prêmio no concurso Lipizer, em Gorizia, na Itália.
Como solista, apresentou-se em vários países da Europa e das Américas.
Interpretou os principais concertos do repertório para violino acompanhado das orquestras Wiener Kammerorchester (Mozart), Rundfunk Sinfonieorchester Berlin (Schumann) e Orchestre de la Suisse Romande (Schostakovich).
Realizou o mesmo trabalho nas orquestras Sinfônica do Estado de São Paulo (Beethoven, Schumann, Casella), Flanders Youth Philharmonic Orchestra (Bruch), Sinfônica da Moldávia (Brahms e Mendelssohn), Sinfônica de Trieste (Mozart e Dvorák) e Orquestra de Câmara de Mântua (Mozart).
No repertório camerístico, apresentou-se com Ricardo Castro, Silvia Chiesa, Arnaldo Cohen, Jean-Philippe Collard, Antonio Meneses, Caio Pagano, Luca Ranieri, Lilya Zilberstein. Emmanuele foi spalla da Orquestra do Teatro Comunale de Bolonha, Orquestra de Trieste, Sinfônica da Galícia, tendo colaborado também com a Orquestra do Teatro alla Scala de Milão. Desde 2005 é spalla da Osesp e fundou o Quarteto Osesp, do qual é o primeiro violino.
Heloisa Meirelles é natural de Jundiaí, bacharel em artes pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Premiada com bolsa do CNPq, deu continuidade aos estudos no Conservatoire de Musique de Lyon, obtendo medalha de ouro em violoncelo e música de câmara e no Conservatoire Superieur de Musique de Genève.
Teve como orientadores Antônio Lauro Del Claro, David Strange, Robert Duval e François Guye e participou de masterclasses com Janos Starker, Bernard Greenhouse e Antônio Meneses. Recebeu diversos prêmios e foi spalla da Orquestra Experimental de Repertório, co-solista da Orquestra Sinfônica da USP (Universidade de São Paulo) e professora do Conservatório de Música do Brookling e Colégio St. Paul’s.
Como solista, atuou frente a várias orquestras, destacando-se a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). Colaborou com ensembles e orquestras importantes como a Camerata Aberta e a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen regida por Paavo Järvi. É co-solista da Osesp desde 1997 e integrante do Trio Arqué desde 2010.
Horácio Gouveia é pianista, doutor em musicologia pela USP, estudou na Universidade Albert Ludwig – Freiburg (Alemanha) com bolsa do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD).
Atua como recitalista, camerista e solista, com repertório que se estende de Bach aos compositores contemporâneos. Realizou diversas estreias brasileiras de obras importantes, como concerto para dois pianos, percussão e orquestra de Béla Bartók (com a Orquestra Experimental de Repertório de São Paulo, sob a regência de Jamil Maluf) e Concerto de Câmara de György Ligeti (com o Percorso Ensemble, sob a regência de Ricardo Bologna).
Detentor de diversos prêmios, atuou como pianista da Camerata Aberta (Prêmio APCA de 2010 e Prêmio Bravo de Música Erudita 2012). Também realizou concertos na Europa (Concergebouw – Amsterdam, Palais des Beaux-Arts -Bruxelas) e atuou como solista sob a regência de Guillaume Bourgogne.
Como camerista, colaborou com artistas, como: Dmitry Berlinsky (Rússia), Peter Brunt (Holanda), Diana Ligeti (Romênia/França), Michel Michalakakos (Grécia/França), Vincent Lucas (França), Dimos Goudaroulis e Ovanir Buosi.