Nos dias 25 e 26 deste mês, a Secretaria de Estado da Habitação, por meio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo), promoverá novos plantões para atender mutuários inadimplentes de Tatuí.
A ação, conhecida como mutirão, está programada para o último fim de semana do mês, em horários distintos e em parceria com a Prefeitura.
O evento visa permitir renegociações de débitos para mutuários que têm mais de três parcelas da casa própria em atraso. No dia 25, os plantões acontecerão das 9h às 16h, e, no dia 26, no período das 9h às 13h.
Em ambos os dias, os munícipes que queiram acertar a situação devem se dirigir até a Prefeitura. O endereço é a avenida Cônego João Clímaco de Camargo, 140.
A CDHU divulgou que os mutuários terão acesso a “condições especiais de pagamento”. Em nota, o secretário da Habitação, Rodrigo Garcia, declarou que os casos serão analisados individualmente, de acordo com as condições financeiras do titular do contrato.
Para ser atendido, é necessário ter em mãos e apresentar no mutirão: RG, CPF e um boleto da prestação do imóvel, pago ou não.
Segundo a companhia, a taxa de inadimplência na carteira de mutuários baixou 12,27% nos últimos quatro anos. “A redução é resultado das ações de estimulo à renegociação de dívidas e recuperação de crédito habitacional”, promovidas pela campanha denominada “Fique em Dia com a Sua Casa”.
Lançada em 2011, a ação consiste em plantões de atendimento e audiências de conciliação para estimular a renegociação de dívidas dos mutuários. Entretanto, o benefício abrange apenas pessoas com mais de três parcelas em atraso.
“Antes, a inadimplência no Estado era de 29,24%. Hoje, alcançamos a marca de 16,97%, um dos menores índices já registrados. Queremos que todos fiquem em dia com a sua prestação. Por isso, oferecemos condições especiais, de acordo com as condições de cada um”, destacou o secretário.
Garcia também informou que, de janeiro a dezembro de 2014, foram firmados, por meio da campanha, 31.621 acordos. Somados, eles representam R$ 105,5 milhões renegociados.
Apesar dos resultados considerados bons, a meta da CDHU para este ano é reduzir ainda mais a inadimplência. “Temos que avançar, pois, quanto menor o índice, maiores serão os investimentos em moradia. A cada 1% de redução na inadimplência é possível construir cem novas unidades”, disse o secretário.
A ideia para 2015 é intensificar os plantões nos conjuntos habitacionais para “chegar mais perto dos mutuários”. “Neste ano, a campanha recebeu o apoio de uma unidade móvel, que permitirá ampliar ainda mais os serviços oferecidos nos escritórios regionais da companhia, incluindo capital e interior. É um projeto-piloto que poderá ser ampliado para o Estado”, afirmou Garcia.
Pesquisa realizada pela CDHU aponta como principais justificativas dos mutuários para o atraso nas prestações da casa própria a perda de renda, separação do casal e problemas de saúde. Por isso, durante os mutirões de renegociação, os casos são analisados segundo as condições financeiras do titular do contrato.
“É importante que a população perceba a importância de manter as prestações em dia e, em caso de atraso, procure regularizar a situação o quanto antes, para que a dívida não vire uma bola de neve. Afinal, o imóvel é um patrimônio de toda a família”, destacou o presidente da CDHU, Marcos Penido.
Com 325.728 mil contratos ativos no Estado de São Paulo, a companhia tem priorizado o atendimento habitacional às famílias de baixa renda. Atualmente, 90,5% dos mutuários atendidos pela empresa recebem até três salários mínimos. Em média, eles pagam prestação mensal no valor de R$ 160.
Os interessados em firmar um acordo com a CDHU devem comparecer às audiências ou postos regionais de atendimento, portando documentos e boleto da prestação. O calendário com as datas e endereços dos escritórios pode ser obtido no site www.cdhu.sp.gov.br, ou pelo telefone 0800-000-2348.
A CDHU também oferece serviços pela internet. No portal da empresa, é possível obter informações sobre financiamento, emitir boletos de prestações, calcular o parcelamento de débito. O mutuário consegue, ainda, realizar acordos e emitir parcela de amortização de débitos pelo mesmo canal.