Divulgados avanços na preservação do Museu Histórico “Paulo Setúbal”

Responsável pela reforma, prefeitura identificou “A necessidade de intervenção foi identificada devido a danos estruturais que comprometem a segurança de visitantes, colaboradores e do acervo histórico”

Medidas visam garantir a preservação do museu “PS” (Foto: AC Prefeitura)
Da redação

Por meio da Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo e Lazer, gestora do Museu Histórico “Paulo Setúbal” (MHPS), a prefeitura divulgou estarem ocorrendo avanços no processo de adequação estrutural do edifício-sede do museu.

O prédio histórico, construído em 1920, foi originalmente projetado para abrigar a cadeia pública e, posteriormente, o fórum da cidade.

Ao longo das décadas, passou por diversas reformas, sempre mantendo as características arquitetônicas originais. Tornou-se oficialmente museu histórico em 1966 e, desde então, é um símbolo da memória e da identidade cultural tatuiana.

Atualmente, o imóvel pertence ao governo do estado de São Paulo e é cedido ao município por meio da permissão de uso 103.659/2010.

“A gestão do museu foi municipalizada em 2010 e, desde então, vêm sendo registrados sinais de desgaste estrutural, como fissuras e trincas, conforme apontam diversos relatórios técnicos”, informa a assessoria de comunicação do Executivo.

“A necessidade de intervenção foi identificada devido a danos estruturais que comprometem a segurança de visitantes, colaboradores e do acervo histórico”, segue a assessoria.

Um laudo técnico de 2016 já havia apontado fragilidades no prédio, como infiltrações, umidade ascendente, rebocos deteriorados e deformações no piso.

“Diante desse cenário, a administração municipal tem atuado de forma integrada com diversas secretarias – entre elas, Segurança Pública e Mobilidade Urbana, Planejamento e Gestão Pública, Governo e Relações Institucionais e Esporte, Cultura, Turismo e Lazer -, além da equipe do próprio museu, para garantir que todas as medidas sejam tomadas com responsabilidade técnica e institucional”, acentua a comunicação.

Em reunião no dia 19 de maio, quando foi apresentada a urgência da reforma e solicitado apoio técnico do estado, ficou definido o início das ações técnicas em 26 de maio, com um cronograma de estudos e obras estruturais.

Desde então, diversas etapas foram executadas. A assessoria informa como sendo a primeira o fechamento temporário do museu para garantir a segurança de visitantes, colaboradores e do acervo.

Durante este período, o atendimento ao público ocorre provisoriamente no Complexo Cultural de Memória de Tatuí – que reúne o Museu da Imagem e do Som (MIS Tatuí) “Jornalista Renato Ferreira de Camargo” e o Memorial do Rugby 1928 “Dr. Gualter Nunes” -, de terça-feira a domingo, das 9h às 17h.

Houve a sondagem de solo, em 14 de julho, na praça Manoel Guedes, etapa essencial para identificar as causas dos danos estruturais e embasar o projeto técnico de reforço do prédio.

Nova reunião técnica aconteceu em 15 de agosto, com engenheiros e a equipe da Secretaria de Cultura, para análise dos resultados da sondagem e planejamento dos projetos de reforço estrutural, proteção contra incêndio e adequações técnicas.

A apresentação da situação à Fundação Itaú ocorreu em 22 de agosto, resultando no aporte de recursos para a nova expografia dos pisos térreo e subsolo e na contratação da empresa Gelfus Gerenciamento e Assessoria de Obras para a elaboração do projeto estrutural.

A emissão da carta de anuência aconteceu em 10 de setembro, pela Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, do estado, autorizando a continuidade das intervenções, com o município assumindo integralmente os custos e obrigações técnicas.

Já a assinatura do contrato de prestação de serviços ocorreu em 17 de outubro, entre a Fundação Itaú, a Gelfus e a prefeitura de Tatuí, formalizando o início das próximas etapas.

Próximos passos

Após o recebimento do projeto estrutural finalizado, o documento será submetido à apreciação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico de Tatuí (Condephat). Somente após a aprovação desse órgão será possível dar início à execução das obras de adequação estrutural.

Os próximos passos incluem o levantamento dos custos operacionais e a execução das intervenções estruturais no edifício-sede.