CIR de Tatuí tem projeto de inclusão profissional

Programa visa incluir pacientes com deficiência em fase adulta no mercado de trabalho

Pacientes em visita na Yazaki (Foto: AC Prefeitura)
Da reportagem

O Centro Integrado de Reabilitação (CIR de Tatuí), em parceria com várias empresas da cidade, deu início a um projeto de inclusão profissional destinado a inserir pacientes com deficiência em fase adulta no mercado de trabalho. A iniciativa visa “ampliar as possibilidades de autonomia, dignidade e inclusão social por meio do trabalho”.

A diretora do CIR e do Departamento da Pessoa com Deficiência, Renata Cristina Vieira, explica que “o projeto surgiu da necessidade de oferecer novas oportunidades aos pacientes que concluíram etapas importantes de reabilitação”.

“Quando os pacientes chegam à fase adulta, percebemos que há poucas opções de atividades e oportunidades de inserção. Esse projeto vem justamente para preencher essa lacuna, proporcionando autonomia, dignidade e inclusão social por meio do trabalho”, conta.

De acordo com Renata, o projeto funciona de forma articulada entre o CIR e as empresas parceiras. A equipe técnica identifica os pacientes que estão aptos para a inserção no mercado de trabalho e os encaminha às empresas interessadas.

Todos os participantes passam por processo seletivo, “garantindo igualdade de oportunidades e valorizando suas competências individuais”, conforme informado pela prefeitura.

Outras empresas do município já foram contatadas e manifestaram interesse em conhecer o projeto. As que desejarem aderir à iniciativa podem entrar em contato diretamente com o Centro Integrado de Reabilitação para agendar visita técnica e alinhar as possibilidades de inclusão profissional.

Como parte das ações do projeto, os pacientes participaram de uma dessas visitas, à empresa Yazaki, onde conheceram o ambiente produtivo.

Após a visita, Felippe Nunes Vieira, de 30 anos, foi convidado a participar do processo seletivo da empresa. Ele foi aprovado e iniciou, nesta segunda-feira, 6, o treinamento e o processo de integração, aprendendo a rotina e os procedimentos do setor de montagem de chicotes.

Para integrar o projeto “Posso Ajudar?”, desenvolvido pela prefeitura, o prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior ofereceu uma vaga de trabalho a pacientes do CIR.

Gabriel Freitas Moreira, de 22 anos, foi o selecionado, por atender aos requisitos necessários. De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, “a ação reforça o compromisso da administração municipal com a inclusão e a valorização das pessoas com deficiência”.

O CIR continuará expandindo o projeto junto a outras empresas da cidade, ampliando o número de pacientes beneficiados e garantindo acompanhamento integral durante todo o processo de inserção profissional.

“Assim como o Felippe e o Gabriel, queremos que muitos outros pacientes tenham a oportunidade de mostrar suas capacidades e contribuir com a sociedade por meio do trabalho”, ressaltou Renata.

Também conforme a diretora, “projetos como este são fundamentais para promover a inclusão social e profissional das pessoas com deficiência”.

“Eles representam uma oportunidade real de autonomia, dignidade e valorização, mostrando que cada indivíduo tem potencial para contribuir com a sociedade”, sustenta.

“A inserção no mercado de trabalho fortalece a autoestima, amplia a convivência social e rompe barreiras, construindo uma cidade mais inclusiva e acessível para todos”, complementa Renata.

“Com essa iniciativa, Tatuí fortalece suas políticas públicas de acessibilidade, reabilitação e inclusão social, servindo de exemplo para outros municípios da região”, finaliza a assessoria da prefeitura, por meio de nota enviada à imprensa.

Sobre o CIR

O espaço tem a presença de diversos profissionais da Saúde e atende recém-nascidos de risco ou com deficiência estabelecida e pessoas com deficiência (temporária ou permanente) física, intelectual, auditiva, visual, múltipla e transtorno de espectro autista (TEA), sem restrição de faixa etária, mediante encaminhamento médico da rede municipal de saúde.

Atualmente, o CIR atende a oito pacientes nas diversas especialidades de reabilitação. Eram nove no grupo, mas, com a contratação de Vieira – que agora se desliga das terapias -, esse grupo passou a oito integrantes, que continuam participando das ações do projeto.