Um mal crescente e silencioso: conheça os perigos da hepatite, como diagnosticar e se prevenir

O Julho Amarelo alerta para prevenção contra essa que já é a segunda doença infecciosa a causar mais mortes em todo planeta

O Julho Amarelo ganha ainda mais importância neste ano na luta contra a hepatite, que já é a segunda doença infecciosa a causar mais vítimas fatais no mundo, atingindo 1,3 milhões de mortes anuais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Brasil, a luta contra as hepatites B e C é uma prioridade de saúde pública e o Ministério da Saúde instituiu com o Programa Brasil Saudável, em 2024, a eliminação das hepatites virais como meta a ser alcançada até 2030. Estima-se que em 2022, 254 milhões de pessoas viviam com hepatite B e 50 milhões com hepatite C.

“A hepatite A é uma doença, que costuma se resolver em poucas semanas, conferindo imunidade para o resto da vida em seguida – é geralmente tratada com hidratação, remédios para dor e para enjoo. Já as hepatites B e C na maioria das vezes se apresentam como doenças crônicas e silenciosas”, explica Pedro Martins, Infectologista, Mestre em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas e Professor da Afya Educação Médica.

“As hepatites B e C podem passar anos sem manifestar nenhum sintoma. Durante esse tempo, há uma crescente inflamação das células do fígado. A longo prazo, essa inflamação pode causar a cirrose, mesmo nos pacientes que não consomem bebidas alcoólicas. A cirrose é uma condição irreversível, que pode causar insuficiência hepática (mal funcionamento do fígado). Em estágios mais avançados, a pessoa pode precisar de um transplante de fígado. No pior cenário, os vírus podem propiciar o surgimento de câncer de fígado (Carcinoma Hepatocelular)”, acrescenta.

A cirrose e o carcinoma hepatocelular são duas das principais causas de morte em decorrência das hepatites virais. Para combater a disseminação desta doença, é indispensável o acesso da população à informação para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento. Além da importância da testagem para impedir a evolução, é preciso conhecer as formas de infecção e evitá-las. Além disso, para alguns tipos de hepatites também existem vacinas específicas.

Conheça as características de cada hepatite:

– Hepatite A: diretamente relacionada principalmente às condições de saneamento básico e de higiene e também a relações sexuais. É uma infecção leve e que se cura sozinha na maioria dos casos. Existe vacina para a hepatite A.

– Hepatite B: atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção é a vacina, associada ao uso do preservativo.

– Hepatite C: tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. Não existe vacina ainda.

– Hepatite D: ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.

– Hepatite E: transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral). A hepatite E não costuma se tornar crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença.

A Hepatite A possui transmissão fecal-oral, ou seja, a infecção ocorre a partir do contato de materiais contaminados com fezes com a boca. Isso pode acontecer no consumo de água ou alimentos contaminados ou durante o sexo, quando houver contato da boca com o ânus. Já a transmissão das Hepatites B e C ocorre a partir de contato com sangue contaminado ou durante o sexo, complementa Martins.

Cuidados com a hepatite C

A hepatite C tem gerado preocupação especial nos últimos anos e é considerada hoje a maior epidemia da humanidade, com cinco vezes mais incidência que a AIDS/HIV². Dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde mostram que entre os casos notificados, entre 2020 e 2023, 40,6% são referentes à hepatite C. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 520 mil pessoas têm a doença, mas ainda sem diagnóstico e tratamento. Até 2022, cerca de 150 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas, tratadas e curadas da hepatite C3.

Na luta contra a propagação, a Roche Diagnóstica, referência em inovação e excelência em doenças infecciosas, lançou recentemente o teste HCV Duo, capaz de reduzir em quatro semanas a janela imunológica para diagnóstico da doença. O exame possui detecção dupla, conseguindo constatar além dos anticorpos, o antígeno do vírus da hepatite C, que são os componentes estruturais reconhecidos pelo sistema imunológico.

Com a automação dos equipamentos cobas® e 402 / e 801, o ensaio Elecsys® HCV Duo inova ao realizar detecção dupla, ou seja, identifica os anticorpos e também os antígenos do vírus da Hepatite C. O antígeno core do HCV, bem como os anticorpos para o HCV, podem ser identificados simultaneamente a partir de uma única amostra de sangue. O resultado do teste é calculado automaticamente pelo analisador, com a possibilidade do laboratório obter também a diferenciação, já que os resultados individuais do antígeno e anticorpo são acessíveis aos laboratórios.

Referências:

¹Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde

https://bvsms.saude.gov.br/oms-soa-alarme-sobre-infeccoes-virais-por-hepatite-que-ceifam-3-500-vidas-por-dia/#:~:text=Novos%20dados%20de%20187%20pa%C3%ADses,por%20hepatite%20B%20e%20C.

²Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde

https://bvsms.saude.gov.br/julho-amarelo-mes-de-luta-contra-as-hepatites-virais/

³Ministério da Saúde

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/julho/saude-vai-dobrar-o-numero-de-pacientes-com-hepatite-b-em-tratamento-no-brasil#:~:text=No%20Brasil%2C%20estima%2Dse%20que,e%20curadas%20da%20hepatite%20C

Sobre a Roche Diagnóstica

A Roche é uma empresa global, pioneira em produtos farmacêuticos, de diagnóstico e para monitoramento da diabetes, dedicada a desenvolver avanços na ciência para melhorar a vida das pessoas desde a sua fundação em 1896, na Basileia (Suíça). A divisão Diagnóstica da companhia é líder mundial em diagnóstico in vitro e tecidual de câncer, oferecendo um amplo portfólio de produtos, serviços e soluções exclusivas, incluindo Ensaios, Diagnóstico Digital, Gestão de Doenças, Automação de Laboratório e Softwares voltados para pesquisadores, médicos, pacientes, hospitais e laboratórios.

No Brasil desde 1972, a Roche Diagnóstica se dedica a soluções de diagnóstico laboratorial, e hoje concentra suas atividades na importação e distribuição de testes e equipamentos de diagnóstico in vitro para áreas como Sorologia, Hematologia, Biologia Molecular, Point of Care e Pesquisa. Seu portfólio contempla doenças nas áreas de Cardiologia, Doenças Infecciosas, Oncologia, Saúde da Mulher, Neurologia, entre outras.

O diagnóstico desempenha um papel essencial no auxílio às organizações de saúde na luta contra as doenças, bem como no atendimento a desafios de saúde cada vez mais complexos. A medicina diagnóstica baseia cerca de 70% das decisões clínicas no mundo. Diagnósticos confiáveis representam conhecimento e informação que dão poder a médicos e pacientes para tomar a decisão certa, no momento certo, para uma vida melhor. É por isso que a Roche acredita e investe no valor médico das suas soluções diagnósticas.

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