76% discordam de trabalho dos funcionários em ‘função diversa’





Enquete virtual realizada pelo jornal O Progresso ao longo da semana demonstra que a maioria dos participantes não concorda com a prática de “desvio de função”.

O deslocamento de funcionários públicos municipais dos cargos de origem para ocupar vagas distintas não passou pelo crivo dos leitores.

Pelo menos é o que apontou a pesquisa virtual, aberta na manhã de sábado, 3, e encerrada na manhã de sexta-feira, 9. O resultado mostra que 76% dos participantes discordam do uso de servidores municipais para ocupar cargos diferentes dos de origem (dos estipulados por meio de concurso público).

A maioria não concorda por considerar que o desvio “gera situação desigual de trabalho” entre os funcionários. Caso seja alocado em setor diferente, um monitor de creche, por exemplo, com salário “médio”, pode alcançar vencimento superior que os demais, que trabalham em creches.

Mesmo assim, a minoria dos leitores concorda com a prática. Para 24% dos participantes, o desvio de função “pode ajudar o Executivo a preencher cargos em falta”.

A justificativa encontra explicação no fato de que alguns funcionários – que possuem conhecimento compatível na função ou experiência – poderiam ocupar vagas diferentes das do concurso pela capacidade técnica.

Em outubro, a Justiça determinou o “fim” do desvio de função ao apreciar ação civil movida pelo MP (Ministério Público), a partir de denúncia do vice-prefeito Vicente Aparecido Menezes, Vicentão, contra um servidor do Executivo.

Com a sentença, os funcionários públicos municipais que trabalham em setores distintos dos estabelecidos em concurso terão de ser realocados.

Nesta semana, o jornal volta a estabelecer um “tema polêmico”. Desta vez, o assunto é a Santa Casa. A instituição perdeu, neste mês, o certificado de entidade beneficente de assistência social, na área da saúde (reportagem nesta edição).

O Ministério da Saúde indeferiu o pedido de renovação do documento que, na prática, permite a instituição receber recursos públicos e formalizar convênios para atendimentos em saúde. A Santa Casa tem 30 dias para recorrer.

Único público do município, o hospital atende às populações de Tatuí e da região, em pactuações. Em função da importância da entidade, o jornal propõe pergunta: “Você depende da Santa Casa de Tatuí para atendimento hospitalar?”. A questão pode ser respondida com “sim” ou “não” a partir deste sábado, 10.

As votações são computadas em “O Progresso Digital” (www.oprogressodetatui.com.br) até a tarde da próxima sexta-feira, 16.