A distribuição de remédios para população tem sido prejudicada em Tatuí, conforme divulgou a Prefeitura na tarde de ontem, terça-feira, 8. O Executivo informou que o governo do Estado de São Paulo tem atrasado o repasse dos chamados “medicamentos de alto custo”.
Em nota enviada à imprensa, a Prefeitura relacionou a lista de remédios que estão em falta. Conforme a Assistência Farmacêutica do município, que faz a distribuição dos medicamentos para pacientes locais, o problema “não é exclusivo de Tatuí”.
Segundo a Prefeitura, os atrasos têm sido registrados em “centenas de cidades paulistas”. Além da cidade, o Executivo declarou que há falta de remédios em São Paulo, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Campinas e São José dos Campos.
Os fármacos fazem parte do programa “Medicamentos Excepcionais”, conhecidos como “Alto Custo”. As drogas que estão em falta são usadas para diferentes tipos de doença, como: colesterol, asma, doenças pulmonares, catarata, osteoporose. Em Tatuí, 1.800 pacientes estão cadastrados no programa.
O secretário municipal da Saúde, Umberto Fanganiello Filho, Tuta, declarou que o município tem feito cobranças à DRS (Diretoria Regional de Saúde) e à própria Secretaria do Estado, para que a distribuição seja regularizada.
“Nós estamos do lado dos pacientes, não é possível que um programa dessa amplitude seja interrompido. A Prefeitura assume responsabilidades e gastos que competem ao Estado e, mesmo assim, não dispõe de recursos suficientes para atender todo esse volume de pessoas”, disse, via assessoria do Executivo.
Segundo a Prefeitura, dos 70 medicamentos entregues pelo programa, apenas 29 foram disponibilizados para serem distribuídos aos pacientes do município. “Alguns estão em atraso há mais de três meses”, mencionou a assessoria.
O setor informou, também, que há falta de leites especiais e de insulinas que não são padronizadas pela rede pública de saúde. Em outras palavras, não constam na lista de medicamentos regulares oferecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“Também recorremos ao governo do Estado, pedindo auxílio na entrega das insulinas especiais, como a Lantus, e recebemos como retorno um telegrama dizendo que a solicitação não poderia ser atendida e, ainda, que deveríamos pedir aos médicos que encontrem outras alternativas de tratamento com os medicamentos disponíveis”, declarou o secretário de Saúde.
De acordo com ele, não há falta das insulinas padrão (NPH e Regular). O secretário afirmou que elas estão “disponíveis em todos os postos de saúde da cidade”. Eles também podem ser encontrados pelos pacientes na rede “Farmácia Popular”.
A Prefeitura ressaltou que os medicamentos excepcionais são, geralmente, de uso contínuo e de alto custo. São indicados para tratamento de doenças crônicas e raras e adquiridos pelas secretarias estaduais de saúde, com recursos repassados pelo MS (Ministério da Saúde). Depois, enviados para as prefeituras.
Em atraso
A lista de remédios em atraso é composta por Amantadina; Aripiprazol 20mg; Atorvastatina 10mg; Atorvastina 40mg; Bezafibrato 200mg; e Brimonidina.
Também há faltas de Calcipotriol pomada 50mcg; Calcitriol 0,25mcg; Ciprofibrato 100mg; Clobazan 10mg; Codeina 60mg; Donepezila 10mg; e Dorzolamida.
A Assistência Farmacêutica apontou que há atrasos no fornecimento de Formoterol + Budesonida 12/400; Formoterol + Budesonilda 6/200; Formula Hidrolisado Proteico/Pregomin; Formula Proteica Soja/Aptamil; Gabapentina 400mg; Genfibrozila 600mg; Hidroxicloroquina; e Hidróxido de Ferro.
Completam a lista de remédios sem previsão de entrega a Isotretinoina 10mg; Isotretinoina 20mg; Leuprorrelina 3,75; Mesalazina sup 1g; Mesalazina comprimido 400mg; Mesalazina comprimido 500mg; Mesalazina sup 500mg; Metrotexate 25mg injet; Octreotida lar 30; e Pravastatina 20 mg.
Por fim, pacientes que precisam de Quetiapina 300mg; Risedronato 35mg; Risperidona 2mg; Salmet + Fluticasona; Sulfassalazina 500mg; Teofilina; Timolol; Tiotropio; Topiramato 50 mg e Ziprasidona 80 mg estão sendo afetados.