11ª encenação da ‘Paixão de Cristo’ reunirá cem e terá cenas surpresas





Tradicional na Páscoa, a encenação da “Paixão de Cristo” da 2ª Igreja do Evangelho Quadrangular, da vila Esperança, chega a 11ª edição em 2016. A montagem será realizada na Sexta-Feira da Paixão (celebrada no dia 25 de março), às 16h, em um terreno na rua Antônio Martins de Oliveira, no Jardim das Garças.

A meta neste ano é chegar a cem atores em cena, entre atores principais, soldados romanos, figurantes e religiosos, de acordo com Wilian Alexandre Nunes da Silva. Ele fará o papel de Jesus Cristo na encenação.

“A cada ano a gente faz a peça de um jeito diferente, com novos atores, figurinos, novas cenas e até com números de dança. Neste ano, teremos cenas surpresas”, afirmou.

A qualidade da peça foi aprimorada com o passar do tempo, disse Silva. Além de fazer o papel principal na encenação, ele dirige os ensaios, em conjunto com Rafael Silva.

A ideia de fazer uma encenação na Sexta-Feira da Paixão surgiu do pastor Rogério Marques. “O pastor foi à casa de um irmão da igreja almoçar e na saída ele avistou o morro. Depois, ele sonhou com a encenação da Paixão de Cristo naquele local e nos apresentou a ideia, que hoje é realidade”, contou.

A duração da peça, que era de aproximadamente 30 minutos nas primeiras edições da encenação, chegará a 1h20 neste ano. “Com as novas cenas, a gente vai aumentar um pouco a duração do evento. Entretanto, a peça não ficará longa demais, para o conforto do público”, disse Silva.

Os ensaios serão realizados no próprio local onde acontecerá a encenação, de acordo com o pastor Marques. “Vamos começar a fazer os ensaios quatro semanas antes da Semana Santa, no mesmo local onde será feita a peça”, contou.

O pastor informou que na quinta-feira, 24, será realizada a encenação da noite no Jardim de Getsêmani (episódio no qual Jesus Cristo foi detido) e a traição de Judas Iscariotes.

“Na peça vamos mostrar vários milagres que Jesus operou em vida, a traição sofrida e a penitência no calvário”, disse.

A Páscoa é uma data muito especial para os cristãos, afirmou o pastor. Nesta época, além do sacrifício do único filho de Deus para livrar todos os cristãos dos pecados, os fiéis relembram a liberdade dos hebreus ao deixarem a escravidão no Egito.

“Lembramos que Deus tirou o povo hebreu do Egito e os conduziu pelo deserto até Canaã. A Páscoa mostra a passagem da escravidão para a liberdade”, disse.

“Deus, antes de o povo deixar o Egito pediu que fosse sacrificado um cordeiro e colocasse o sangue dele sobre as portas das casas dos hebreus, para dar o livramento do seu povo. E ele assim o fez com o seu próprio filho, que foi sacrificado para dar ao povo a chance de entrar na Nova Canaã, que é o Céu”, acrescentou.

Público esperado

Para este ano, a organização estima que 2.500 pessoas assistam à peça. O número é superior ao do ano passado, quando foram contabilizadas 2.000 pessoas.

“De 2014 para 2015 o público dobrou. Para este ano, a gente espera que tenha um aumento, mas não tão grande quanto o que teve no ano passado”, declarou o pastor.

De acordo com ele, o fato de ser a 11ª edição ajuda no aumento de expectadores, pois a população sabe que todos os anos a Paixão de Cristo é encenada no Jardim das Garças.

“As pessoas lembram-se do evento. No ano passado, vieram pessoas de Itapetininga e de Boituva. Eles gostaram muito. Neste ano, espero que venham mais pessoas de fora e mais pessoas daqui de Tatuí mesmo”, disse.

O evento conta com o apoio da Prefeitura, que oferece o sistema de som e faz a interdição da rua onde a peça é encenada. Para este ano, o pastor diz estar lutando para que o município monte uma arquibancada para acolher melhor os expectadores.

“É uma possibilidade que estamos lutando para dar certo. A Prefeitura já nos ajuda bastante com a interdição da rua e com o sistema de som. Ficaria muito bom se a gente conseguisse esta arquibancada”, afirmou.