11 paróquias da cidade fazem tapete da Igreja Matriz ao Lar

Sobre o tapete, católicos caminharam até a entrada da entidade (foto: Eduardo Domingues)

A tradição da confecção do tapete de Corpus Christi para a procissão do Santíssimo Sacramento, após a celebração da Missa da Eucaristia, até o Lar São Vicente de Paulo, para a realização da Festa da Caridade, manteve-se em 2019.

Neste ano, o tapete de mais de um quilômetro de comprimento enfeitou as ruas José Bonifácio, Juvenal de Campos, Professor Francisco Pereira de Almeida e avenida Coronel Firmo Vieira de Camargo, finalizando na rua Santa Terezinha, na entrada do Lar São Vicente de Paulo.

Entre às 22h da véspera até às 3h do feriado de Corpus Christi, celebrado na quinta-feira, 20, aproximadamente 600 voluntários participaram da confecção do tapete.

Os voluntários pertencem a 11 paróquias de Tatuí: Nossa Senhora de Fátima, São Lázaro, Santa Rita de Cássia, Sagrado Coração de Jesus, Santa Teresinha do Menino Jesus, São José Operário, Nossa Senhora das Graças, São Judas Tadeu, Nossa Senhora da Conceição, Santa Cruz e Sagrada Família.

Cada uma das paróquias foi responsável pela decoração de um quarteirão, utilizando serragem tingida, pó de café, areia, folhas, flores e produtos recicláveis.

Integrantes do grupo de jovens Jerusalém e acólitos da Paróquia-Santuário Nossa Senhora da Conceição, Thainara Campos e Vinícius Leme auxiliaram na confecção dos 107 metros iniciais do tapete.

Para Leme, a atividade já é uma tradição e feita por amor. Ele afirma que o serviço desenvolvido pelos voluntários “vale muito a pena, pois tem o cuidado de preparar o caminho por onde Jesus Cristo passa”.

Thainara afirma que permite que todas as paróquias do município ajam em unidade. “Durante a confecção do tapete, é um ajudando o outro. A unidade ainda é reforçada com as doações feitas à Festa da Caridade”, expôs a voluntária.

Marília de Souza Moraes Martins e Rodrigo Aparecido Martins participaram juntos da ação pelo oitavo ano consecutivo. Ela garante que “a decoração é feita com muito amor, sendo o mínimo que podem fazer para retribuir Jesus Cristo”.

“Desde o colorir o pó de serra até o último desenho, nós tentamos sempre fazer o melhor, para que seja digno de Jesus Cristo caminhar”, assegurou Marília.

O casal levou a filha Mirella Moraes Martins, de cinco anos, para participar da confecção do tapete. Segundo a mãe, a menina ajudou a colorir os desenhos e ela espera que a filha mantenha viva a tradição.

“Explicamos a ela a importância do Corpus Christi e como devemos sempre preparar o melhor caminho para Jesus. Acreditamos que, futuramente, através dela, podemos dar continuidade a esse trabalho que já fazemos há anos”, completou.

As reuniões entre as paróquias que participaram da confecção do tapete de Corpus Christi foram realizadas durante os últimos 30 dias antes do evento, na Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude.

O secretário da pasta, Cassiano Sinisgalli, acrescenta que fora mantido o procedimento do ano passado, no qual as próprias paróquias se organizaram para arrecadar todos os materiais utilizados para a confecção do tapete.

Conforme Sinisgalli, a prefeitura cedeu apoio logístico e de infraestrutura, a liberação da Praça da Matriz para a missa campal, além da Guarda Civil Municipal e do Departamento de Mobilidade Urbana.

A administração municipal também fez a demarcação das ruas onde foi feito o tapete. O tráfego de veículos foi fechado às 22h de quarta-feira, 19, na rua José Bonifácio e, gradativamente, até a rua Santa Terezinha.

De acordo com Sinisgalli, os voluntários puderam utilizar as dependências da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) “João Florêncio” para guardarem os materiais utilizados, se alimentarem e utilizarem os banheiros.

Segundo o secretário, os sanitários da Praça da Matriz, do Centro Cultural e um banheiro químico, em frente ao asilo, estiveram disponíveis.