Policiais civis realizam operação e prisões de cinco por furto de água

Durante operação, policiais civis encontraram cigarros contrabandeados e venda de fogos irregular

A Polícia Civil e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de Estado de São Paulo) realizaram, na quarta-feira, 31 de maio, operação para inibir casos de furto de água.

De acordo com a Polícia Civil, foram presas cinco pessoas. Em um dos casos, policiais detiveram um comerciante que, além de furtar água, vendia irregularmente fogos de artifício.

A operação já estava agendada havia uma semana, sendo deflagrada na manhã de quarta. Agentes da Polícia Civil e funcionários da Sabesp realizaram diligências em residências que não tinham ligação “oficial” com a rede de água.

A primeira prisão da operação ocorreu na rua São João, na vila Jurema, às 10h30. O ajudante de pedreiro Daniel Vaz, 40, foi preso em flagrante após ser constatado que o cavalete de água da casa onde ele mora não continha um hidrômetro.

Conforme o boletim de ocorrência, a ligação direta teria sido feita com um cano. O ajudante de pedreiro foi preso e conduzido ao plantão policial, onde o delegado Carlos Augusto Palumbo Del Gallo arbitrou fiança de R$ 500. O valor não foi apresentado e o indiciado acabou levado à audiência de custódia na cidade de Itapetininga.

Na rua Waldomiro Soares, no Tanquinho, a dona de casa Elaine Cristina Cardoso, 34, foi presa em flagrante pela mesma prática. Aos policiais civis, a suspeita alegou dificuldades financeiras. Entretanto, foi liberada após pagar fiança de R$ 500.

A também dona de casa Zenilda da Silveira Ferreira, 49, moradora da rua São João, na vila Jurema, foi presa por supostamente ter consumido água sem autorização da Sabesp. A mulher foi liberada após pagamento de fiança.

Em um dos casos, no Jardim das Garças, funcionários da Sabesp realizaram inspeção em uma moradia, na rua Antônio Henrique da Silva. A faxineira Letícia Graziele Florentino dos Santos, 26, foi presa por policiais militares.

Durante inspeção, funcionários da Sabesp descobriram que o hidrômetro da empresa estava fraudado. Um pedaço de arame havia sido colocado no interior do sistema para travar o funcionamento do medidor.

Ao delegado Del Gallo, a faxineira justificou que mudara recentemente para a residência e que pagava regularmente a fatura de água. O plantonista arbitrou fiança de R$ 500 para que Letícia fosse colocada em liberdade, o que não ocorreu até o fechamento do boletim de ocorrência.

O caso mais grave o delegado considerou ser inafiançável. Durante inspeção com agentes da Sabesp em um bar na rua Benedito Nunes, no Jardim Santa Rita de Cássia, policiais civis constataram, além do furto de água, a comercialização irregular de explosivos e cigarros contrabandeados.

Foram apreendidos 56 maços de cigarros fabricados no Paraguai, 4 caixas de rojões, 2 explosivos em forma de bastão e dezenas de bombas.

O desempregado Valcélio Batista da Silva, 29, foi preso em flagrante e conduzido ao plantão policial. Como não teve o benefício da fiança, ele seria apresentado na quinta-feira, 1o, em audiência de custódia no município de Itapetininga.

A Polícia Civil informou que operações para inibir o furto de água serão frequentes na cidade. Segundo o órgão, a determinação para o registro de ocorrência de furto de água teria partido da sede da Sabesp em São Paulo.

Casos anteriores
No dia 11 de maio, a Polícia Militar foi acionada por agentes da Sabesp para atender ocorrência em uma empresa, na avenida Donato Flores. O gerente Diogo Sanches Neto, 32, foi preso em flagrante, após a concessionária constatar irregularidade.

Um arame havia sido colocado no interior do hidrômetro, impossibilitando a medição de água. Na ocasião, o gerente foi levado à delegacia e conduzido a uma das unidades prisionais da região, conforme o boletim de ocorrência.

Em 17 de maio, três pessoas foram levadas à delegacia para prestarem esclarecimentos sobre uma ligação irregular de água. Os moradores habitam três residências na rua Antonio Ferreira de Albuquerque, no Valinho, e são acusados de usar água de uma ligação direta.

Os três locatários acusaram o dono das residências de fraude. Eles disseram, em depoimento, que todos os meses o locador cobrava valores para o pagamento da fatura da Sabesp.

O trio foi liberado. A Polícia Civil faria novas diligências para identificar o dono das casas. Ele seria processado por furto.

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