Orquestra Sinfônica apresenta-se com a violinista Elizabeth Chang

Violinista norte-americana Elizabeth Chang, atração especial deste sábado no CDMCC (foto: AI Conservatório)

A Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí traz para a Capital da Música a violinista norte-americana Elizabeth Chang. A solista terá participação especial no concerto deste sábado, 25, às 20h, no teatro “Procópio Ferreira”. A entrada é gratuita, mas os ingressos já estão quase esgotados.

A violinista Elizabeth Chang tem vasta carreira como concertista, professora e produtora cultural. Já se apresentou em mais de 20 países, acompanhando os mais importantes músicos da atualidade, e com grupos de música de câmara.

É professora da University of Massachusetts e da Juilliard School (EUA), diretora artística e cofundadora da Lighthouse Chamber Players (Cape Cod – EUA) e do Saone-et-Loire Chamber Music Festival (Burgundy-França).

Fez várias turnês e gravações com a Orchestra of St. Luke’s e Orpheus Chamber Orchestra. É também cofundadora e coorganizadora do Five College New Music Festival e do Umass Amherst Bach Festival e Symposium.

Nos verões, Chang participa como professora de festivais, como Green Mountain Music Festival (Vermont), Aria International Music Festival (Massachusetts), Interharmony Festivals (Alemanha) e Viaden International Music Festival (Luxemburgo). Faz parte do Membro Artístico da Universidade de Nova Iorque e da Mason Gorss School of the Arts da Rutgers University. Foi cofundadora da NYU Intensive Quartet Workshop, no verão de 2002, e fundou e dirigiu “The School for Strings Intensive Chamber Music Workshop”, de 2003 a 2007.

Nascida em Nova Iorque (EUA), teve como professores Louise Behrend, Joseph Fuchs, Roman Totenberg e Max Rostal. Graduada pela Harvard University e laureada com o Presidential Scholar in the Arts Award e Beebe Fellowship for Study Abroad, pelo New England Conservatory.

Nesta apresentação, ela interpretará, com a Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí, o “Concerto em Mi menor para Violino e Orquestra, Op. 64”, do compositor alemão Felix Mendelssohn.

“Essa é uma das principais e mais conhecidas obras do repertório de concertos para violino. Surgiu a partir do desejo do compositor de escrever uma obra para o amigo violinista Ferdinand David. Em carta escrita por Mendelssohn em 1838 para o amigo, ele diz: ‘Eu gostaria de escrever um concerto para violino para você no próximo inverno. Já tenho uma ideia para um em mi menor, cuja abertura não deixa minha cabeça descansar’”, comenta o maestro Edson Beltrami.

Segundo ele, passaram-se mais seis anos até que o concerto fosse concluído, em parte porque, nesse período, Mendelssohn escreveu a “Sinfonia nº 3”. Além disso, teve que se afastar de Leipzig por um longo período, por ordem do rei Frederico Guilherme IV, da Prussia.

“O concerto traz algumas inovações, como a entrada antecipada do solista, ao invés de uma longa introdução, o que era comum no período. Os dois primeiros movimentos são interligados. O primeiro movimento está estruturado na forma sonata. O andante é uma peça lírica que lembra o estilo das ‘Canções sem Palavras’ do compositor. Uma breve transição leva ao movimento final, construído como um rondó-sonata. Os dois movimentos externos são muito exigentes em termos técnicos, com numerosas passagens de bravura”, acrescenta.

Segunda parte

Após breve intervalo, a Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí apresentará “Sinfonia nº 1 em Sol menor”, do russo Vasily Kalinnikov. Filho de policial, ele estudou no seminário em Oryol, tornando-se diretor do coral de lá aos 14 anos. Mais tarde, foi para o Conservatório de Moscou, mas não pôde pagar as taxas.

Conseguiu uma bolsa de estudos na Escola da Sociedade Filarmônica de Moscou, onde estudou fagote e composição. Tocava fagote, tímpanos e violino em orquestras de teatro e complementava a renda trabalhando como copista de música.

Em 1892, Pyotr Ilyich Tchaikovsky o indicou como maestro principal do Teatro Maly, e mais tarde, para o Teatro Italiano de Moscou. No entanto, vítima de tuberculose, Kalinnikov teve que renunciar às nomeações de teatro e mudou-se para o clima mais quente do sul da Criméia.

Viveu em Yalta pelo resto da vida, onde escreveu a parte principal de sua música. Morreu de tuberculose em 11 de janeiro de 1901, dois dias antes de completar 35 anos.