Obras do shopping center começam no 2º semestre, diz diretor da JDGS





A construção do shopping em Tatuí deve ter início no segundo semestre do ano que vem, estima o diretor da JDGS Empreendimentos Imobiliários, Nilton Azevedo. A empresa, que tem sede em Itu, contratou um escritório de engenharia de São Paulo para realizar o projeto do centro comercial.

“O nome será divulgado em momento oportuno, mas adianto que eles projetaram pelo menos 30 shoppings no país”, afirmou Azevedo.

O planejamento do empreendimento, segundo o diretor, dependerá dos contratos que a empresa fará com as lojas “âncoras”, responsáveis pelo maior fluxo de clientes dentro dos centros comerciais. A princípio, o shopping terá três lojas grandes, mas o número poderá ser maior, conforme a procura das empresas.

“Nós contratamos uma empresa só para cuidar da comercialização dessas lojas. No mínimo, teremos três, mas tudo depende da conclusão do trabalho deles”, adiantou.

O momento, de acordo com o empresário, é de recompor a documentação do Pró-Tatuí, lei de incentivo à ampliação e instalação de novos negócios, e terminar as tratativas com a Prefeitura sobre alguns pontos do projeto.

“Só depois disso a gente vai poder apresentar o cronograma. Estamos aguardando o contato da Prefeitura para ter as respostas a alguns questionamentos”, declarou.

A construção do shopping será precedida pela abertura de uma via de acesso à marginal do ribeirão do Manduca, na região do Jardim Paulista.

“Precisamos ter a via aberta até mesmo para podermos levar o maquinário para o terreno onde será construído o centro comercial. Abrindo o acesso, a gente já pode fazer a terraplanagem”, contou.

A estimativa é de que o shopping possa gerar em torno de 4.000 empregos diretos e indiretos. O terreno onde será construído o empreendimento tem 120 mil metros quadrados, sendo 19 mil metros quadrados destinados à edificação.

O centro comercial projeta 170 lojas, sendo três “lojas âncoras”, mil vagas de estacionamento, cinemas, academia e praças de alimentação interna e externa.

O escopo do projeto ainda prevê a construção futura de um hotel e um posto de combustível na mesma área. Como a cidade é conhecida como a Capital da Música, os investidores planejam dar o tema musical na arquitetura do local. A conclusão está estimada para o primeiro semestre de 2018.

O “projeto do shopping” teve idas e vindas, além de debates acalorados entre a Prefeitura e a Câmara Municipal. Para viabilizar a construção do empreendimento, o Executivo teria que mudar alguns pontos do Plano Diretor, o que gerou atritos com vereadores.

O principal ponto de discordância entre os parlamentares de oposição e o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, foi a alteração do zoneamento, que mudaria o tamanho dos terrenos nos loteamentos, os quais passariam de 360 metros quadrados para 200 metros quadrados.

A primeira proposta apresentado pelo prefeito foi rejeitada em votação na sessão de 22 de outubro. Apesar de obter maioria dos votos, o projeto não teve a maioria absoluta de 12 dos 17 vereadores.

Nas semanas seguintes, Manu começou a negociar com vereadores alguns pontos de mudança da nova proposta, para que fosse aprovada. Ao mesmo tempo, manteve contato com os investidores para que continuassem a ter interesse em construir o empreendimento na cidade.

Dias depois, um novo projeto foi apresentado à Câmara. A novidade era a criação de um 15o zoneamento na cidade, que abrange exclusivamente a região onde serão construídos o shopping, uma avenida e a nova entrada — da SP-127 até o Jardim Paulista.

A matéria foi aprovada por 16 votos a 1, nas sessões ordinárias e extraordinárias realizadas no dia 10 de novembro. Depois da aprovação, a nova lei foi sancionada pelo prefeito Manu na sexta-feira da semana passada, 11, durante a formatura dos alunos da rede municipal de ensino.