Museu Histórico ‘Paulo Setúbal’ recebe músico para lançamento

 

O MHPS (Museu Histórico “Paulo Setúbal”) receberá na tarde deste sábado, 4, o músico Wilson Brisola Fabro para lançamento da obra “Afetos Musicais”. O livro é resultado de trabalho desenvolvido por Fabro, que também é professor, a partir de estudos que relacionam o uso da música em cuidados paliativos de saúde.

Na data, o músico fará a apresentação do trabalho a partir das 15h. Em Tatuí, Fabro realizará também uma palestra, acompanhada de exibição de um videodocumentário e uma sessão de autógrafos, com duas horas de duração. A entrada é franca.

Lançado inicialmente em Indaiatuba, onde o músico leciona educação musical na rede municipal de ensino, “Afetos Musicais” é “consequência”, por assim dizer, da conclusão de um curso. Em 2011, Fabro teve a oportunidade de frequentar capacitação trazida ao Brasil pela Universidade de Estrasburgo, na França.

Realizado em parceria com o hospital Premier, em São Paulo, o curso recebeu inscrição de 350 músicos brasileiros, sendo 35 deles escolhidos para frequentá-lo. Fabro tornou-se um dos dois únicos a concluírem as orientações.

Um ano depois, ele recebeu diploma e habilitação para desenvolver projetos em gestão em saúde social em hospitais e lares de idosos. Desde então, Fabro passou a prestar serviços em instituições de saúde, ao mesmo tempo em que continuou a lecionar em Indaiatuba, vinculado à Secretaria Municipal de Educação. Lá, ele realiza trabalho de educação musical com 800 alunos.

As experiências dos trabalhos, vivências e emoções foram compiladas pelo músico no trabalho a ser apresentado em Tatuí. No livro, o autor inclui também reflexões sobre a função da música nos ambientes que prestam atendimentos de saúde.

O livro tem como público-alvo médicos, enfermeiros e representantes de instituições que oferecem cuidados paliativos. São serviços assistenciais prestados a pacientes com doenças fora de possibilidades de cura. Neste sentido, a música atua como um fator de promoção da melhora de qualidade de vida.

Em nota enviada à imprensa, o músico destaca que a música exerce uma função além da paliativa. Fabro destacou a origem da palavra, que, conforme ele, deriva do latim “pallium” (significando manto ou capote). “Etimologicamente, (usar a música para aliviar os sintomas da dor e sofrimento) significa prover um manto para aquecer aqueles que passam frio”, disse.

Também segundo o autor, a música pode criar relações que visam o encontro com a centralidade de cada pessoa. Desta forma, permite que elas recoloquem “em movimentos vários tipos de emoções que não se encontram nos hospitais e lugares de cuidados, podendo promover comunicação”.

De acordo com Fabro, o livro lança um novo olhar sobre o método europeu de aplicar a música no tratamento de pacientes com doenças sem possibilidade de cura.

Wilson Brisola Fabro é natural de Piraju, tendo estudado no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatui entre 1989 e 1995. Na instituição, tornou-se bolsista e participou do Coral “Da Boca pra Fora” sob a condução do regente Cadmo Fausto. Frequentou o curso de canto erudito com a professora Angelina Ragazzi, de violão, com Edson Lopes e Alexandre Bauab.

Desenvolveu trabalho como monitor de coral dos alunos do Conservatório. Cursou especialização no Método Edgar Willems pelo Instituto de Educação Musical de Salvador, no Estado da Bahia, com a professora Carmen Mettig.

Há 28 anos desenvolve projetos de educação musical em escolas da rede pública e privada, ONGs (organizações não governamentais), prefeituras e faculdades.

É habilitado pelo CFMI (Centre de Formation de Musiciens Intervenants) da Universidade de Estrasburgo (França) como músico hospitalar – gestão em projetos na área social e saúde.

O museu fica na praça Manoel Guedes, 98, no centro. Mais informações pelo telefone 3251-6586.