‘Leitura Dramática’ foca Luí­s Abreu





AI Conservatório / Kazuo Watanabe

Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí, que celebra seis anos, faz 1ª leitura dramática do ano

 

O setor de artes cênicas do Conservatório de Tatuí organiza nesta quarta-feira, 1º, a primeira atividade aberta ao público deste ano. O “Ciclo de Leituras Dramáticas”, já tradicional no setor, será realizado a partir das 19h30, com entrada franca, na Sala Preta, que fica na rua Coronel Aureliano de Camargo, 550.

A leitura tem participação da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí e a coordenação é de Fernanda Fernandes.

A primeira atividade do ciclo enfocará três textos do dramaturgo Luís Alberto de Abreu: “O Parto”, “O Homem ao Avesso” e “Final de Novela Mexicana”. O evento terá a presença da dramaturga Débora Brenga, convidada especial.

A leitura será feita pelos atores que integram a Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí, grupo pedagógico-artístico da instituição que, na mesma data, celebra seis anos de funcionamento. A companhia foi o primeiro grupo a ser oficializado pelo Conservatório de Tatuí, após quase três décadas de funcionamento do setor de cênicas. Pelo setor, formaram-se importantes atrizes, atores e dramaturgos, que, atualmente, trabalham em todo o país.

Débora participará do evento a convite do ator Carlos Doles, este integrante da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí. Ela fará explanação sobre dramaturgia.

Após a leitura, Débora iniciará trabalho de elaboração de texto com alunos do setor de artes cênicas interessados. “A ideia é, posteriormente, desenvolvermos um trabalho a partir desses textos”, diz a coordenadora do setor cênicas, Fernanda Fernandes.

Débora Brenga é dramaturga e contadora de histórias. Formada em letras pela Uniso (Universidade de Sorocaba), atuou por 15 anos na área da Educação.

Em 2006, formou-se como “educadora brincante” e, como aluna especial, teve a oportunidade de cursar na ECA (Escola de Comunicação e Artes), da USP (Universidade de São Paulo) o módulo “A importância da narrativa oral na formação do educador artista”. Em 2013 formou-se como dramaturga pela “SP Escola de Teatro”.

Desde 2013 integra a Trupé de Teatro, de Sorocaba, tendo a oportunidade de experimentar a dramaturgia em processo colaborativo. No ano passado, assinou “Do que se chama ventre”, dramaturgia que nasce de fragmentos da encenação “Um dia o Raio Caiu e o baixo ventre da cidade se Abriu”, da Trupé de Teatro.

Já Abreu é um dos mais importantes dramaturgos da América Latina. Começou a carreira no teatro e, depois, passou a escrever roteiros para cinema e TV.

A partir dos anos 80, destacou-se como autor ligado ao grupo Mambembe, com as peças “Foi bom, meu Bem?” e “Cala a boca já morreu”. Conta com mais de 40 peças teatrais – escritas e adaptadas – em seu repertório, com destaque para a antológica “Bella Ciao”, as premiadas “Borandá” e “Auto da paixão e da alegria”, e “O Livro de Jó”.

Para TV, escreveu os roteiros de duas minisséries globais: “Hoje é Dia de Maria” (2005) e “A Pedra do Reino” (2006). Recebeu prêmios, quatro da Associação Paulista de Críticos de Arte, Prêmio Mambembe do Instituto Nacional de Artes Cênicas, Prêmio Molière da Companhia Air France, entre vários outros.