Justiça programa abrir nova turma de curso via CMDCA

O Grupo Gestor Interinstitucional, do NJR (Núcleo de Justiça Restaurativa) de Tatuí, programa a abertura de nova turma do curso de formação de facilitadores de círculo de conciliação de conflitos. A capacitação será viabilizada por meio do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente).

“Estamos conversando com o órgão sobre a viabilidade da contratação desse curso. Este projeto já está inscrito no conselho há dois anos. Existe um recurso para isso e, agora, o CMDCA vai iniciar o processo”, adiantou o juiz Marcelo Nalesso Salmaso, coordenador do NJR e membro da CIJ (Coordenadoria da Infância e da Juventude) do TJ (Tribunal de Justiça) do Estado de São Paulo.

De acordo com o magistrado, o conselho municipal deve abrir licitação para tanto. O processo é necessário para a contratação de empresa encarregada de ministrar as aulas. “Esta etapa será realizada com toda transparência e buscando alguma entidade idônea, que possa ministrar com excelência”, citou.

O curso a ser aberto pelo CMDCA será voltado a membros do Conselho Tutelar. No total, o órgão é composto por dez pessoas, sendo cinco titulares e cinco suplentes.

Como a capacitação, geralmente, tem muito mais vagas, as que sobrarem serão distribuídas aos parceiros institucionais do Conselho Tutelar. Segundo o juiz, a ideia é que o órgão convide representantes de escolas municipais, de unidades de saúde e até da Guarda Civil Municipal.

As aulas focarão na formação de facilitadores de processos circulares restaurativos. Salmaso esclareceu que a proposta é, em um primeiro momento, de permitir que os participantes tenham uma “mudança de cultura e de paradigma”.

Desta maneira, o curso visa dar condições aos conselheiros e aos parceiros institucionais de entenderem qual é a proposta da Justiça Restaurativa. Com isso, “fazê-los enxergar os movimentos da sociedade de uma maneira diferente”.

“A partir dessa ideia, o curso também vai transmitir qual é o trabalho da Justiça Restaurativa para, aí sim, passar para uma orientação prática de como é ser facilitador em processos circulares restaurativos”, descreveu o magistrado.

O processo de aprendizado inclui uma série de dinâmicas e simulações. De forma a possibilitar um entendimento mais profundo sobre o trabalho da Justiça Restaurativa, os alunos participarão de processos circulares reais.