‘Iniciantes’ terão quase 65% da Câmara

 

A Câmara Municipal terá, a partir de 1o de janeiro, uma nova composição. Dos 17 vereadores da atual legislatura, apenas seis conseguiram a reeleição. A taxa de renovação do Legislativo nas eleições de domingo, 2, foi de 64,7%. Nesta edição, O Progresso publica a votação obtida por todos os candidatos.

Da nova composição da Câmara, 58,82% são de vereadores que vão iniciar o primeiro mandato. Dez cadeiras serão ocupadas por políticos que assumirão o primeiro mandato eletivo e quatro, por parlamentares que estão ingressando no segundo mandato.

Apenas três vereadores são considerados “veteranos”: Alexandre de Jesus Bossolan (PSDB) e Ronaldo José da Mota (PPS), que ingressarão no terceiro mandato; e Joaquim Amado Quevedo (Véio Quevedo – PMDB), que já governou Tatuí por dois mandatos, exerceu a vereança por outros dois e presidiu a Câmara também por dois anos.

Ex-ocupantes do primeiro escalão da atual gestão municipal, o ex-presidente do TatuiPrev (Instituto de Previdência Própria do Município de Tatuí), Rodolfo Hessel Fanganiello (PSB), e o ex-secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Miguel Lopes Cardoso Júnior (PMDB), conquistaram cargos de vereador, com 1.190 e 985 votos, respectivamente

Permanecem na Câmara os vereadores: Valdeci Antonio de Proença (PTN), com 1.787 votos (a maior votação); Antonio Marcos de Abreu (PR), com 1.617; Bossolan, 1.288; Rosana Nochele Pontes (PP), 1.218; Luís Donizetti Vaz Júnior (PSDB), 1.087; e Mota, 687 votos.

Dos atuais legisladores reeleitos, em comparação às eleições anteriores, houve considerável oscilação de números: Mota, que, além de vereador, é presidente licenciado do Sindmetal (Sindicato dos Metalúrgicos de Tatuí e Região), havia obtido 1.371 votos (correspondendo a menos 49,89% em 2016); Abreu havia sido o mais votado em 2012, com 2.385 (agora, teve menos 32,20%); e Bossolan somara 1.780 (concluindo em menos 27,67% neste ano).

A vereadora Rosana teve pequena variação positiva entre uma eleição e outra: em 2012, conquistou 1.186 votos e, neste ano, 1.218 (crescimento de 2,70%). Por sua vez, Júnior Vaz conseguiu 949 votos em 2012 e 1.087 neste ano (14,54% a mais).

Mais votado nestas eleições, Proença teve crescimento de 88,30% entre os dois pleitos. Saltou de 949 votos, em 2012, para 1.787, neste ano.

O terceiro mais votado, Jairo Martins (Pepinho – PV), conquistou 75% votos a mais. Em 2012, o “verde” teve 820 votos, mas não conseguiu vaga na Câmara. Neste ano, elegeu-se vereador com 1.436 votos. Será a primeira legislatura dele.

Completam a lista de novos vereadores: Alexandre Grandino Teles (Alexandre da Grantel – PSDB), com 1.379 votos; Rodnei Rocha (Nei Loko – PTB), com 1.231; Nilto José Alves (Bispo Nilto – PMDB), com 911; Severino Guilherme da Silva (Tiozinho do Santa Rita – PSD), com 822; Daniel Resende (PV), 801; e João Éder Miguel (PV), 788. Miguel é filho do vereador Job dos Passos Miguel (PTB), que não disputou a reeleição.

Das dez coligações que disputaram as eleições proporcionais, quatro não conseguiram eleger representantes na Câmara: PRTB, que apoiou o candidato a prefeito Rogério de Jesus Paes (Rogério Milagre – PRTB); o PSC, legenda do candidato José Guilherme Negrão Peixoto (Guiga); PSDC, PSL, PRP e PEN, coalizão que apoiou a candidatura da prefeita eleita Maria José Vieira de Camargo (PSDB); e PTC, PRB, PDT e PT, grupo que apoiou o atual prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu (PMDB).

A situação do Partido dos Trabalhadores segue indefinida e deverá ser decidida nos próximos dias pela Justiça Eleitoral. No sistema de divulgação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os votos dos candidatos da legenda estão zerados. Porém, se a Justiça der parecer final favorável ao partido, um petista e um candidato da coligação ascenderiam à Câmara.

A maior parte das cadeiras da Câmara Municipal será ocupada por parlamentares que apoiaram a candidatura da prefeita eleita. Serão dez vereadores da bancada governista contra sete da oposição. A composição das bancadas pode mudar com a definição da situação jurídica do PT.

Na atual legislatura, o PSDB é o partido com maior representação, somando quatro vereadores. O PT, PTB, PR, DEM, PPS, PMDB, PTC, PP, PSB, PTN, PV, PSD e PDT possuem uma cadeira cada. Com as eleições, a correlação de forças na Casa de Leis mudará. O PSDB, PV e PMDB passarão a ter três parlamentares cada, o PSB elegeu dois edis e o PR, PTB, PP, PSD, PPS e PTN terão um representante cada.

Não se reelegeram

O presidente da Câmara, Wladmir Faustino Saporito (PSDB), não conseguiu se reeleger. O parlamentar foi o quinto mais votado da coligação PSDB e PR, que conseguiu emplacar quatro parlamentares.

Saporito conquistou 777 votos, enquanto que, no pleito de 2012, tivera 1.230 votos. A queda na votação do vereador foi de 36,83% em quatro anos.

Antecessor de Saporito na presidência, Oswaldo Laranjeira Filho (PT) também perdeu votos e ficará fora da nova composição legislativa.

O vereador, que ocupou a presidência da Câmara nos dois primeiros anos da gestão Manu, perdeu 54,90% dos eleitores. De 878 votos, em 2012, obteve 396 agora.

Márcio Antônio de Camargo (Márcio do Santa Rita – PSDB) teve 756 votos, 40,14% a menos que em 2012, quando tivera 1.263. O tucano não conseguiu se reeleger.

Eleito pela bandeira da defesa dos animais, José Márcio Franson (PV) teve menos da metade dos votos de quando entrou na Câmara. Ex-integrante do PT, o vereador obtivera 935 votos e, nestas eleições, angariou 452.

Presente na Câmara desde março deste ano, quando Dione Batista (PDT) foi afastado, Oseias Rosa (PSD) não conseguiu se reeleger. Dos 881 votos de 2012, ele somou 458, queda de 48%.

José Eduardo Morais Perbelini (PTC) também perdeu mais da metade do eleitorado. O vereador teve 537 votos; em 2012, obtivera 1.216.

O vereador pelo Democratas, Fábio José Menezes Bueno, foi eleito em 2012 com 1.540 votos. Nestas eleições, somou 840, votação maior que a de quatro dos vereadores eleitos no domingo, mas 45,45% menor que o resultado dele há quatro anos.

Quatro vereadores não disputaram a reeleição: André Marques (PDT), Carlos Rubens Avallone Júnior (PMDB), Antonio Carlos Prestes (Pangaré – PSB) e Job dos Passos Miguel, que lançou o filho na política, eleito no domingo.

Coeficiente

A Justiça Eleitoral contabilizou 56.545 votos válidos nas eleições para a Câmara Municipal. Desses, 52.577 foram nominais, ou seja, diretamente para os candidatos, e 3.968 indicaram as legendas.

O coeficiente eleitoral nestas eleições foi de 3.326 votos por cadeira na Câmara. No pleito anterior, em 2012, o índice foi de 3.441 votos. O recuo no quociente é de 3,34%. O cálculo é feito para definir a quantidade de votos necessários por coligação para conseguir uma vaga de vereador.

O cálculo feito com base nos números do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não leva em consideração os votos nominais do PT, que, por enquanto, constam como nulos.

Levando em consideração os dados dos candidatos petistas, o coeficiente eleitoral aumenta e se aproxima ao registrado em 2012. Com os votos da legenda, o número de válidos avança para 58.182 e o quociente, para 3.422, queda de 0,55%.

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