“Informalidade” ou passar fome?

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que mais de 13 milhões de pessoas, ou seja, uma quantidade maior do que as que moram no Estado de São Paulo, estão fora do mercado de trabalho.

O mesmo estudo traz um dado positivo. A taxa de desemprego, desde o começo de 2016, apresentou queda, desde o ponto mais alto, 13,7%, no primeiro trimestre, para os atuais 12,8%. Entretanto, a frase “melhora que vem mais na quantidade do que na qualidade, porque o crescimento é principalmente das pessoas que trabalham por conta própria ou na informalidade”, me tocou de forma negativa. Por que trabalhar desta forma é visto com tanta descriminação? Comecei exatamente assim, e hoje sou o maior nome da perfumaria do Brasil, e, este ano, lancei-me no mercado internacional. O que seria de mim, hoje, com uma carteira assina?

Algumas vezes, não seguir certos conceitos, ou ir na contramão do que é aceito, pode trazer resultados surpreendentes. Foi o que aconteceu comigo. Há muitos anos, eu estive em situação muito complicada. A minha família estava com dez meses de aluguel atrasado e luz cortada. Sobrevivíamos com uma “ligação alternativa que provia o fornecimento de energia”.

Foram incansáveis e incontáveis vezes que procurei uma oportunidade no mercado formal, com carteira assinada e contribuição com recolhimentos de tributos. Mas ela nunca aparecia. Então, o que fazer? Continuar procurando e comprometendo todo o bem-estar da minha família ou partir para algo novo? A sobrevivência falou mais alto! E resolvi buscar outras alternativas, que também são dignas e honestas.

Foi aí que eu recebi um convite para trabalhar no segmento de perfumaria durante dois dias, borrifando em frente de uma loja. A partir desse ponto, não parei mais. Tornei-me promotor de vendas, permanecendo dois dias em cada loja de São Paulo. Depois, passei a viajar o Brasil. Após essa etapa, ministrei diversos treinamentos, acumulando mais de 10 mil horas.

Essa rica vivência foi fundamental para que eu lançasse o meu livro pela editora Senac. Todas Em 90 dias, a primeira edição foi esgotada.

Eu entendo o sentimento de quem está desempregado e precisa desesperadamente trabalhar.

E se você optou por trabalhar por conta própria, assim, como eu, há hoje disponíveis formatos de negócios que podem te ajudar e amparar, inclusive com treinamento, como é o caso de vendas diretas, em que é possível comprar direto com a fabricante com certos descontos e revender para o consumidor final.

Visite pessoalmente o local, conheça os produtos para verificar se são bons, se têm qualidade aliada à aceitação do consumidor. Se todas essas etapas estiverem analisadas, o ideal seria associar-se a essa empresa. E neste nicho há varias, que são classificadas em mononível e multinível.

Outra opção é ir em outro local com produtos baratos. Por exemplo, em São Paulo, há o bairro do Brás. Os compradores podem embutir o custo e revender, só que neste caso não há treinamento ou ajuda.

Já numa empresa sólida de venda direta, tem todo respaldo e pode usar a estrutura para auxiliar na abordagem e prospecção, e, assim, é possível planejar como vai comercializar os produtos. No mercado, há inúmeras.

Se gostou das dicas, o primeiro passo é procurar empresas de venda direta. Segundo, analisar se você se identificou com os produtos. Terceiro, verificar se a empresa possui algum sistema de treinamento. Quarto, adquirir os produtos da empresa, e não pare de ir atrás de informação e conhecimento. Independente se você está no mercado “informa” ou “formal”.

* Especialista em vendas e atendimento, criador de mais de mil técnicas de vendas para o mercado de varejo e autor do livro “Receba Mais Sim e Menos Não”.