Incubadora de Empresas tem nova versão

Sede da Incubadora de Empresas na Fatec (foto: AI Prefeitura)

A Incubadora de Empresas, que funciona junto à Fatec (Faculdade de Tecnologia) “Professor Wilson Roberto Ribeiro de Camargo” e tem como parceiros a prefeitura e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), lançou nova versão do programa e está com inscrições abertas até o dia 30 de abril.

De acordo com Juliana Rossetto Leomil Montovani, coordenadora do projeto e secretária municipal de planejamento e gestão pública, a iniciativa foi reformulada e, a partir deste ano, planeja oferecer um novo modelo de administração, incluindo novas modalidades de negócios.

Lançada em 2009, a Incubadora de Empresas de Tatuí visa oferecer apoio às micro e pequenas empresas, com suporte logístico, gerencial e tecnológico, além de espaço físico onde elas possam se desenvolver por um período antes de entrarem no mercado.

Para participar, os candidatos devem se inscrever e apresentar propostas observando as normas estabelecidas em edital.

São 18 vagas, sendo seis na modalidade “empresa residente” (em inicio de operação), seis para “empresa pré-residente” (que não preveem a instalação física na incubadora, mas usufruem dos serviços de apoio oferecidos) e seis para “empresa não residente” (associada).

As duas últimas (pré-residente e associada), segundo Juliana, foram criadas com a nova versão. Ela explica que, com isso, até mesmo as pessoas que já têm uma empresa constituída poderão ter a consultoria dada pela incubadora.

A secretária destaca que, na edição anterior, a incubadora era voltada somente às empresas residentes. Com a limitação, muitas que, “na maioria das vezes, eram as que mais precisavam das orientações da incubad6ora” não estavam enquadradas no perfil exigido pelo edital. “Agora, todos poderão ser atendidos”, salientou.

Conforme Juliana, os projetos prioritários serão os que envolvem inovação e tecnologia em meio ambiente/ecologia, reciclagem, energias alternativas, biomassa, alimentos orgânicos; biotecnologia; fármacos/medicamentos, cosméticos, fitoterápicos e nutrição funcional.

E, ainda, softwares/TI, tecnologias digitais audiovisual para TV, cinema e internet, soluções de mídia indoor, celular e internet, suporte a educação à distância, serviços tecnológicos; soluções inovadoras em equipamentos e design industrial; novos materiais, nanotecnologia; eletrônica embarcada, instrumentação, telecomunicações, TV digital; e compatibilidade eletromagnética.

“Queremos dar ênfase a empresas que estão ligadas a sustentabilidade e tecnologia, mas não são áreas exclusivas. O edital oferece um leque grande, 90% das empresas conseguem se adequar ao que ele propõe”, afirmou.

Juliana explica que as segmentações servirão como análise de perfil para a avaliação e classificação dentro do processo de seleção das empresas, que envolve três etapas: entrega de documentações (ficha de inscrição), qualificação de projeto com a entrega do plano de negócios e entrevistas.

“A pessoa vê que se encaixa naquela área, se inscreve e a gente faz a classificação. Depois, vem o plano de negócio, no qual vamos conseguir identificar qual é a base da empresa inscrita, se é tecnologia ou se é inovação”, contou.

A seleção é feita por uma comissão de especialistas, formada por professores da Fatec, principalmente de docentes ligados à Escola de Inovadores – cursos de extensão com o objetivo de viabilizar modelos de negócio e start-ups. Eles vão avaliar e a qualificar os 18 melhores projetos, também identificando a pontuação das empresas não selecionadas.

Os projetos classificados mas não selecionados para iniciarem neste ano ficarão em uma lista de espera. Caso alguma empresa desista ou conforme for graduada, outras empresas podem ser chamadas de acordo com os pontos e ordem de classificação.

“Na primeira fase, vamos procurar qualificar todas as empresas. Até para poder receber o plano de negócio, que é a segunda fase. A ideia é que todos os inscritos tenham sua proposta analisada, a menos que tenha algum erro com a inscrição”, revelou.

Como apoio, a Incubadora de Empresas de Tatuí oferece espaço; infraestrutura, como recepção, secretaria e sala de reuniões, serviços de segurança e limpeza; recursos de informática, telecomunicações, internet banda larga, segurança e servidor especializado na hospedagem de sites.

As empresas também terão acesso a recursos disponíveis na Fatec, como bibliotecas, softwares e bases de dados; cursos, palestras, fóruns e workshops sobre tecnologia e gestão; consultoria especializada em gestão; apoio na identificação de pesquisadores e tecnologias que possam colaborar no aperfeiçoamento tecnológico dos produtos e serviços.

Além disso, os participantes receberão orientação no registro de propriedade industrial/intelectual e no licenciamento de produtos junto aos órgãos competentes e para a captação de recursos junto às agências de fomento governamentais.

Já o Sebrae, que também é um dos parceiros, entra com as consultorias para que o micro e pequeno empreendedor possa se formalizar e manter a empresa – além de oferecer palestras e uma série de cursos envolvendo finanças, administração e gestão de negócios.

“A gente sabe que um grande percentual das empresas que abrem hoje em dia acaba fechando depois de algum tempo por falta destes fatores. Às vezes, são boas ideias, são ideias inovadoras, mas elas não conseguem se estruturar como uma pessoa jurídica. A incubadora vem para dar este suporte”, observou a secretária.

O tempo mínimo de “maturação” da empresa – chamado também de graduação – estabelecido pelo edital é de 12 meses, podendo ser prorrogado por mais dois anos, conforme a avaliação do desenvolvimento do empreendimento.

“A empresa poderá passar no máximo três anos dentro da incubadora. É um período bem dinâmico, de aprendizagem e de consultoria. Então, o empreendedor tem que, neste espaço de tempo, absorver tudo que ele precisa para conseguir andar com as próprias pernas e entrar no mercado”, ressaltou.

A avaliação é realizada anualmente pela equipe técnica. Com o resultado, a empresa pode ser graduada, mantida na incubadora ou enquadrada em outra modalidade de negócio. “A partir desta nova versão, as empresas terão prazo para sair. Se ela não se qualificar em três anos, ela perde a vaga”, frisou.

A previsão da comissão é de que as atividades da incubadora comecem no segundo semestre. O prazo para inscrição se encerra na terça-feira, 30. As propostas devem ser enviadas através dos Correios com AR (aviso de recebimento) ou mediante protocolo na prefeitura, endereçado para: Processo Seletivo Incubadora de Empresas – 2018 – Secretaria de Planejamento e Gestão Pública – avenida Cônego João Clímaco, 140 – centro – Tatuí/SP – CEP: 18.270-900,

Os resultados do processo da primeira fase, que é a análise da documentação, serão informados por e-mail aos participantes e no site da prefeitura (www.tatui.sp.gov.br) 30 dias após o encerramento das inscrições.

Depois disso, as empresas têm 15 dias para entregar o plano de negócios e os candidatos selecionados passarão para a terceira fase: a entrevista. A etapa acontece 15 dias depois da entrega do projeto. O nome das 18 empresas selecionadas será divulgado 30 dias após a entrevista.

O edital completo e a ficha de inscrição estão disponíveis no site da Prefeitura (www.tatui.sp.gov.br). Mais informações podem ser adquiridas com a Secretaria de Planejamento e Gestão Pública, pelos telefones: (15) 3259-8466 / 3259-8448 ou pelo e-mail seplag@tatui.sp.gov.br.