História da 7ª arte através de atores é temática de oficina via Ponto MIS





Contar a história do cinema através dos atores é a proposta da oficina “Os Atores na História do Cinema” oferecida pelo Museu Histórico “Paulo Setúbal”. A atividade é gratuita e aberta a pessoas a partir dos 16 anos. Ela acontece no auditório do museu, no próximo dia 11 de março. São, ao todo, 40 vagas.

O conteúdo será ministrado por Pedro Maciel Guimarães, pesquisador em história e estética do cinema audiovisual e crítico. Por meio da oficina, ele propõe uma investigação sobre os métodos de interpretação que evoluíram desde o cinema mudo. A oficina passa pelo cinema clássico e vai até o moderno.

Ela aborda como a presença dos atores influencia no processo criativo do diretor e na recepção do filme pelo espectador; e quais as grandes parcerias entre atores e diretores de cinema. A oficina se propõe, ainda, a fazer um percurso histórico e estético pela história do cinema através da exibição de trechos de filmes. Os trabalhos selecionados são de diferentes épocas e nacionalidades.

Guimarães é doutor pela Universidade Sorbonne Nouvelle – Paris 3, tendo publicado o livro Créer ensemble: la poétique de la collaboration dans le cinéma de Manoel de Oliveira (EUE, Sarrebruck, 2010). É autor de textos em todos os volumes da coleção Folha Cine Europeu e curador e organizador do catálogo-livro da Mostra Douglas Sirk, o príncipe do melodrama.

É curador e selecionador de curtas metragens da Mostra de Cinema de Tiradentes, CineOP e do CineBH. Foi professor de cinema da Faap (Faculdade de Artes Plásticas) e de curso no Espaço Unibanco de Cinema de São Paulo.

Em Tatuí, ele realizará oficina das 14h às 18h. As inscrições são recebidas por meio do telefone 3251-6586, pelo e-mail mhpstatui@gmail.com, ou no próprio museu. O “Paulo Setúbal” fica na praça Manoel Guedes, 98, no centro.

Também em março, o museu receberá a programação número 1 do Ponto MIS. Ela prevê a exibição de um curta e um longa-metragem, no horário das 9h às 14h. De março a abril devem ser exibidos o “5 Minutos” e “Os 12 Trabalhos”.

Como o próprio nome sugere, o primeiro se desenrola em cinco minutos. Nesse tempo, o casal de brasileiros que mora em Londres, Laura e Rui, vai a um “pub” (bar típico londrino). Ao chegar lá, eles encontram o local fechado e começam a discutir sobre o que pode acontecer nesse período de tempo.

Com direção de Quico Meirelles, “5 Minutos” tem no elenco Maria Flor e Juliano Cazarré. Rodado no Brasil em 2001, o curta-metragem tem classificação livre.

Já “Os 12 Trabalhos” é dirigido por Ricardo Elias. O drama com 90 minutos de duração é vivenciado pelos atores Sidney Santiago, Flávio Bauraqui, Vera Mancini e Vanessa Giácomo. A indicação é para pessoas a partir dos 12 anos.

A película conta a história de Heracles, um jovem negro que vive na periferia de São Paulo e gosta de desenhar. O drama dele tem início dois meses depois de ter deixado a Fundação Casa (antiga Febem) e quando começou a procurar uma ocupação.

Por indicação do primo Jonas, Heracles passa a trabalhar como motoboy. Em seu período de experiência, ele precisa realizar 12 tarefas pela cidade de São Paulo. Elas o fazem lidar com preconceito, burocracia e a falta de malícia.

O filme é baseado na lenda da mitologia grega sobre os 12 trabalhos de Hércules. Na lenda, o semideus tem de realizar façanhas perigosas que não poderiam ser executadas por meros mortais. Em “Os 12 Trabalhos”, porém, não há deuses ou semideuses, apenas pessoas comuns enfrentando perigos do cotidiano.