Garrincha no Corinthians





Grande Garrincha saiu do Botafogo para jogar no Corinthians. Fez sua estreia em 2 de março de 1966 contra o Vasco, no Pacaembu. E uma decepção: derrota por 3 a 0.

No total, faria 13 jogos pelo clube, anotando 2 gols contra o Cruzeiro no Mineirão; e contra o São Paulo, no Pacaembu, dia 19 de março daquele ano.

A foto é justamente antes desta partida, pelo antigo torneio Rio-São Paulo, dirigido por Oswaldo Brandão. E podemos ver, em pé, à esquerda: Jair Marinho, Dino Sani, Galhardo, Ditão, Edson e Heitor. Agachados: Garrincha, Nair, Flávio, Tales e Gilson Porto.

Garrincha fez 1 a 0 no primeiro tempo, após um cruzamento até despretensioso que acabou vencendo o goleiro Fábio, do tricolor. Na segunda etapa, Tales completou a vitória corinthiana.

Sua última partida foi em outubro contra o Santos, quando ganhou passe livre. Interessante lembrar que quando da vinda de Garrincha e mais a aquisição dos passes de Ditão e Nair, destaques da Portuguesa de Desportos, os torcedores e a imprensa esportiva começaram a ver no alvinegro um possível candidato ao título. E uma manchete, de um grande jornal esportivo, estampou: “Com Garrincha, Ditão e Nair, agora sim o Corinthians vai ser um TIMÃO”. Foi a partir daí que o clube passou a ser assim denominado.

O craque já em visível decadência ficou afastado do futebol por 2 anos. Em 1968, fez uma partida pelo Atlético Júnior de Barranquila, na Colômbia. E no fim desse mesmo ano estreou no Flamengo, onde faria somente 15 jogos. Depois, perambulou pelo Transwall, de Suriname, Fast Clube de Manaus, Olaria-RJ e passou a fazer jogos de exibição pelo pais e pelo exterior.

Em São Paulo, junto com antigos jogadores, defendeu o tradicional Milionários, clube amador da capital. Em 19 de dezembro de 1973, pisou pela última vez no Maracanã, num jogo beneficente a seu favor. Grande craque, inesquecível jogador de dribles mágicos e títulos importantes.

NOTA: As fotos são do arquivo pessoal do autor, que data de 50 anos. Ele, como colecionador e historiador do futebol, mantém um acervo não somente de fotos, mas de figurinhas, álbuns, revistas, recortes e dados importantes e registros inéditos e curiosos do futebol, sem nenhuma relação como os sites que proliferam sobre o assunto na rede de computadores da atualidade