Filme vencedor de prêmio é atração deste mês do ‘Ponto MIS’ em Tatuí­





O filme “Medos Privados em Lugares Públicos” é vencedor do prêmio de melhor direção no Festival de Veneza e uma das duas atrações em vídeo do “Ponto MIS” em Tatuí. A programação é trazida para a “Capital da Música” por meio de parceria com o MHPS (Museu Histórico “Paulo Setúbal”).

A atração integra o programa de número 48 do ponto. Trata-se de uma ação criada pelo MIS (Museu da Imagem e do Som) que tem como objetivo disseminar a cultura. O projeto é viabilizado junto com as prefeituras. Em Tatuí, ele conta com apoio da Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Turismo.

“Medos Privados em Lugares Públicos” é um longa-metragem dirigido por Alain Resnais. O filme tem 120 minutos de duração, classificação de 14 anos e elenco formado por Sabine Azéma, Lambert Wilson, André Dussollier, Pierre Arditi, Laura morante, Isabelle Carré, Claude Rich e Fraçoise Gillard.

Datado de 2006, o filme reúne grandes nomes do cinema francês. Ele apresenta uma história focada na intimidade de diversos personagens parisienses. Entre eles: um corretor de imóveis apaixonado pela sua colega de trabalho; uma beata adepta de fantasias nada ortodoxas; um ex-militar desempregado e em crise afetiva; e uma jovem solitária que, por sua vez, tenta encontrar seu par através de encontros secretos com homens desconhecidos.

O enredo costura as histórias de modo a evidenciar que os personagens são “pessoas solitárias em busca do amor”. Para isso, os personagens “ora se cruzam, ora se afastam”.

As sessões são gratuitas e acontecem no auditório do museu. O endereço é a praça Manoel Guedes, 98, no centro. Agendamentos para grupos são feitos pelo telefone 3251-6586, com antecedência. As exibições são de terça a domingo, às 9h e às 14h e incluem o curta “A Jaula”, de 2012 e com 13 minutos.

Dirigido por Pedro Morelli, o trabalho é integrado por Rodrigo Bolzan, Alexandre Roit, Danilo Granghéia e Fábiio Nassar. O curta é voltado a pessoas com mais de 10 anos de idade, sendo filmado em uma “maratona” de quatro dias.

“A Jaula” conta a história de Fábio voltando do trabalho em uma grande cidade. Ao descer do ônibus e caminhar por uma rua pouco iluminada, ele tem a sensação de estar sendo perseguido.

Ouvindo passos, Fábio acelera a caminhada. O incômodo do momento dá lugar ao medo e pensamentos de terror pela “sombra” misteriosa não se afastam.

A ideia por trás do curta ganhou forma na direção de Pedro Morelli, formado em audiovisual pela USP (Universidade de São Paulo). Nessa mesma instituição, ele se especializou em sonoplastia e direção cinematográfica.

Em 2009, complementou a formação no Maine Media College, escola americana de fotografia para cinema. Apaixonado confesso pela linguagem narrativa audiovisual, Morelli tem focado o trabalho até o momento em projetos de ficção.

Criou e fez a direção geral da série de TV “Contos do Edgar”, que adapta as estórias de Edgar Allan Poe para a realidade brasileira contemporânea. A produção teve transmissão feita pelo canal Fox. Entre os cinco episódios da série, Morelli assinou a direção de três. Entre eles, o primeiro episódio, que teve a maior de audiência já registrada entre estreias de séries brasileiras na TV a cabo.

Também participou da direção do longa-metragem “Entre Nós”, junto com o pai, Paulo Morelli. Pelo trabalho recebeu prêmio em festivais no Rio de Janeiro e em Manaus, no Amazonas. Participou dos festivais de Roma e de Havana.

Neste ano, Morelli estreou o primeiro longa metragem solo da carreira dele. Trata-se do filme “Zoom”, um trabalho de 2014, co-produção entre Brasil e Canadá. O filme é uma comédia sarcástica, sendo rodado em ambos os países.

O “Pontos MIS” é um programa de circulação e difusão audiovisual que visa promover a formação de público e a circulação de obras do cinema. Ele acontece por meio de parcerias em pontos culturais espalhados pelo Estado.

Pelo acordo firmado entre as instituições, o Museu da Imagem e do Som entra com a programação e o material de divulgação. As cidades participantes, com a infraestrutura necessária (espaço adequado para as exibições, equipamentos, equipe e divulgação local). Em Tatuí, as sessões são no museu.

Mensalmente, o “Paulo Setúbal” recebe programa de filmes. Na maior parte das vezes, as exibições contemplam, também, uma atividade complementar, que pode ser um bate-papo com o diretor do filme ou uma oficina audiovisual