Evento da Santa Casa rende R$ 50 mil





Com ajuda de voluntários, membros do GTH (Grupo de Trabalho de Humanização) e da população, a Santa Casa obteve R$ 50 mil a partir de evento próprio.

A primeira edição da festa beneficente registrou “bom público” e teve resultado considerado gratificante pela provedora Nanete Walti de Lima.

Realizado no bairro dos Fragas, o evento aconteceu nos dias 18 e 19 de outubro. Quase um mês depois, a diretoria do hospital divulga balanço e projeção de uso do dinheiro arrecadado. O recurso obtido com a confraternização deve viabilizar a reforma da cozinha do único hospital do município.

A Santa Casa projeta a troca de refrigeradores e de carrinhos utilizados para transporte das bandejas de alimentação. Para tanto, já iniciou processo de tomada de preços. O objetivo é cotar equipamentos com “bom preço e qualidade”.

Divulgados nesta semana, os projetos são a razão do evento beneficente. Nanete explicou que a diretoria decidiu, em consenso com os funcionários, realizar a festa para que pudesse levantar fundos suficientes para implantá-los.

Segundo a provedora, o hospital recebeu ajuda não só dos funcionários, mas de “todos os segmentos da comunidade”. “O apoio veio em forma de dinheiro, de prendas e em trabalhos voluntários. E tivemos um saldo positivo de R$ 50 mil, que serão utilizados em reformas propostas”, declarou.

Nanete também ressaltou a presença do público e disse que o evento resultou em algo gratificante. A provedora afirmou, ainda, que a festa pode ser considerada um termômetro do trabalho desenvolvido pela administração do hospital.

“Penso que as pessoas só ajudam, só colaboram quando acreditam num serviço. Se elas acreditam que está havendo algum desvio, problema ou coisa errada, não ajudam. Então, nos sentimos medidos pela ajuda recebida”, disse.

Todos os membros do GTH – a maioria de mulheres – participaram da festa beneficente. “Todas arregaçaram as mangas e ajudaram a arrumar, preparar os alimentos, temperar, servir e a limpar o local após a festa”, relatou Nanete.

A provedora ressaltou, também, a colaboração na contratação de artistas que animaram o evento. Dividida em dois dias, a festa contou com atração, no dia 18, da dupla Ivan e Anderson; no dia 18, o destaque ficou para o cantor Cláudio Gaúcho.

O hospital pagou os custos das atrações musicais por meio de arrecadação feita junto a patrocinadores (estabelecimentos comerciais).

Em troca, eles expuseram suas marcas no “banner” oficial do evento. Já a compra das bebidas foi feita por consignação – o que não foi consumido voltou à empresa contratada.

“O pessoal colaborou bem, tanto que cobrou mais barato”, declarou a provedora. Nanete disse que o resultado da primeira edição ficou acima do esperado.

“Poderia ter um dinheiro maior? Talvez, mas pela nossa primeira experiência, acho que nos saímos bem. Teve erros e acertos. Aliás, em tudo tem, mas erros pequenos e sem nenhum contratempo”.

Para uma futura segunda edição, a diretoria deve priorizar o tempo de organização. Nanete comentou que, neste ano, a equipe do hospital trabalhou com prazo apertado. O motivo é que o evento só começou a ser pensado por conta da ampliação dos projetos que estavam sendo analisados pelo hospital.

“Já avaliamos algumas coisas, e nós temos que pensar, principalmente, no tempo. Mas, precisamos ver o que pode mudar, porque dá até medo de querer melhorar e estragar, porque, mesmo na pressa, tudo foi muito bem”, declarou.

A provedora comentou, ainda, que o desejo da diretoria e dos funcionários é tornar o evento anual. Afirmou, também, que realizar a festa em um ponto distante do centro da cidade representou um desafio, mas uma necessidade.

Conforme ela, como o evento priorizou leilão de animais vivos, a realização dele no centro da cidade poderia gerar transtorno para os colaboradores. A logística para o transporte dos animais atrapalharia mais o evento do que contribuiria.

Via doações, a Santa Casa pôs a leilão 52 bezerros, cinco porcos, além de cabras, ovelhas e galinhas. “Eram todos animais vivos. Então, era difícil trazê-los até um espaço central. Não dava para ser numa praça”, disse Nanete.

Investimentos

Com o dinheiro obtido, a Santa Casa iniciou processo de cotação de preço para aquisição de geladeiras industriais. Atualmente, o hospital conta com quatro equipamentos, sendo todos “bem antigos”.

A compra vai beneficiar não só a equipe que atua na produção de alimentos destinados aos funcionários e aos pacientes, mas ao projeto de economia de consumo de energia.

A depender do preço, a ideia da diretoria é viabilizar a compra de pelo menos três refrigeradores. Um dos quatro em uso deve passar por reforma para compor o conjunto de equipamentos em uso.

Outra parte do dinheiro será aplicada na compra de carrinhos de transporte das bandejas de alimentação. “Os nossos estão bastante usados”, relatou a provedora.

Esses equipamentos são utilizados para levar comida aos pacientes. O transporte é feito quatro vezes por dia e em espécies de “carregamento”.

A compra dos equipamentos deve ser realizada nos próximos dias. Segundo a provedora, a direção aprovará a aquisição somente ao final da cotação de preços.