Um deslizamento de terra, causado pelo tombamento de uma árvore, causa preocupação em moradores da rua Afonso Arruda Campos, na vila Santa Helena.
O buraco tem cerca de seis metros de diâmetro e está aberto desde a primeira semana de janeiro, quando chuvas fortes castigaram a cidade e ocasionaram, entre outros problemas, alagamentos no bairro dos Mirandas e Americana.
Na quarta-feira, 17, funcionários do Demutt (Departamento Municipal de Trânsito e Transportes) estiveram no local e interditaram o cruzamento que liga a via à avenida Cônego João Clímaco de Camargo (avenida das Mangueiras).
Segundo o diretor do Demutt, Francisco Antonio de Souza Fernandes, Quincas, a alternativa para os motoristas que queiram ir para o Boqueirão é usar a rua Cândido José de Oliveira, paralela à via interditada.
“Colocamos tachões de sinalização no final da via para diminuir a velocidade dos veículos que passam pelo local”. Quincas disse que os motoristas precisam redobrar a atenção no local, principalmente os que circulam pela Mangueiras.
A cratera engoliu a calçada, entretanto, não atingiu o asfalto. Um cavalete e filas de isolamento foram colocados no local pela Prefeitura. Os pedestres têm a opção de utilizar a calçada do outro lado da rua.
De acordo com um mecânico que trabalha próximo ao local, os moradores já haviam acionado a Prefeitura para que interditasse a via. O trabalhador disse que a árvore que caiu era antiga e estava muito próxima ao barranco.
O secretário de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura, Vicente Aparecido Menezes, afirmou que engenheiros da Prefeitura estão fazendo um projeto para recuperar a via, que ficará pronto até semana que vem.
“Nossos engenheiros estão projetando um talude e um muro de arrimo para dar maior estabilidade naquele local. Depois, vamos passar para a Secretaria da Administração, que fará a licitação”, afirmou.
Vicentão disse que, por meio de licitação, será escolhida uma empresa para realizar a obra. A partir da assinatura do contrato, o prazo para a conclusão do conserto será de 60 a 90 dias.
“Não posso falar em quanto tempo será aberta a licitação, pois é responsabilidade de outra secretaria”, explicou.
O secretário, que também é vice-prefeito, afirmou que a interdição da rua ocorreu devido ao número de caminhões e ônibus que passam pelo local e podem agravar o problema.
“Precisamos pensar também nas famílias que moram próximo ao local e tentar preservar a segurança tanto delas quando das propriedades. O melhor a se fazer é interditar totalmente a via e deixar o acesso só para moradores”, disse.
Vicentão apontou que existe o risco de o buraco aumentar em caso de chuvas fortes na cidade e que a secretaria está monitorando a situação no local, para evitar maiores problemas.
“Se chover, a água pode entrar no buraco e aumentar o deslizamento. Creio que a interdição já diminui a possibilidade de o solo ficar instável”, finalizou.