Convenção define nome de Márcio Medeiros como candidato do PHS





Cristiano Mota

Márcio Medeiros calcula que precisa de 20 a 24 mil votos para vencer

 

O segundo candidato a deputado estadual por Tatuí teve o nome confirmado neste mês pelo PHS (Partido Humanista da Solidariedade). A legenda apresentou o engenheiro agrônomo Márcio Medeiros como concorrente a uma cadeira na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).

A homologação aconteceu em convenção na manhã de sábado, 14, na Câmara Municipal de São Paulo. Medeiros ingressou na legenda em 2012, após as eleições municipais e em consequência de desentendimentos com o PV (Partido Verde).

Ele deixou a legenda pela qual atuou como secretário municipal da Agricultura e Meio Ambiente – e candidatou-se a vice-prefeito – por conta de conflitos com o diretório estadual.

A base de São Paulo formalizou apoio ao PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) em Tatuí, contrariando a decisão dos membros locais, que lançaram Júlio Inácio Villa Nova a prefeito.

“Após as eleições, resolvi aguardar. No momento oportuno, encontrei um grupo novo, que buscava ter expressão e, a partir disso, decidi me filiar”, contou Medeiros.

De lá para cá, o candidato a deputado estadual passou a dedicar-se a um “trabalho regional”, envolvendo a criação de diretórios em cidades vizinhas.

Em entrevista à reportagem, Medeiros afirmou que aproveitará a experiência das eleições anteriores para fortalecer o nome dele. O engenheiro agrônomo concorreu ao cargo de deputado estadual em 2010, quando estava no PV. Na época, recebeu 4.775 votos, equivalente a 0,02% do total do eleitorado.

Na sexta-feira, 20, ele esteve na redação de O Progresso para divulgar a formalização da candidatura. Medeiros é o segundo político a confirmar o nome por Tatuí.

O primeiro foi o vereador José Márcio Franson, do PT (Partido dos Trabalhadores); o próximo será o ex-prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, que terá a candidatura homologada pelo PSDB no dia 29 deste mês.

Além de Medeiros, o PHS homologou concorrentes aos principais cargos em São Paulo (deputado estadual, federal, senador e governador). Medeiros antecipou, ainda, parceria com o deputado federal Guilherme Mussi (que visa reeleição).

“Ele conseguiu R$ 599 mil em verbas para a Santa Casa. Foi eleito deputado e permaneceu até o final como deputado. Estou firmando parceria regional com ele, alinhado dentro do projeto de expansão do PHS”, comentou.

Segundo o engenheiro, atualmente, o partido prepara os documentos, certidões e fotos para o registro das candidaturas. O processo seguirá “todas as regulamentações estipuladas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral)”.

Medeiros afirmou, ainda, que aposta nas alianças regionais para fazer frente aos demais candidatos por Tatuí. “Preciso de uma quantidade de votos menor, entre 20 mil e 24 mil. É um cenário diferente dos demais, que precisam de 60 mil, 70 mil votos”, disse. “E eu estou atuando regionalmente”, adicionou.

Sem citar nomes, o engenheiro agrônomo criticou apoio a candidatos “de fora do município” e defendeu que os tatuianos “devam eleger representantes locais”.

“O que me causa indignação é o fato de que a maioria que vem pedir voto se ausentou do cargo para assumir outras funções”, declarou.

Além de Tatuí, Medeiros disse que vai trabalhar para obter votos em Cesário Lange, Iperó, Cerquilho e demais cidades. “Já fiz várias alianças com lideranças políticas, e, nesses municípios, estou formando diretórios”, pontuou.

O foco do trabalho do engenheiro é o meio ambiente, e ele disse que se concentrará no “estreitamento de relações com as lideranças da região”.

Medeiros salientou, ainda, que desenvolverá um projeto visando um consórcio para o desenvolvimento das políticas públicas de preservação do meio ambiente.

“Regionalmente, o que existe é um descaso. Não vejo uma coleta seletiva em muitos municípios. Isso, talvez, possa ocorrer por falta de incentivos. Vamos massificar as políticas ambientais e agroambientais”, antecipou o candidato.

A meta é viabilizar a inscrição de municípios em programas estaduais ou alocar recurso no Orçamento do Estado (por meio de emendas) para as ações ligadas ao meio ambiente.

O engenheiro disse, também, que pretende atuar “mais fortemente na fiscalização da aplicação das verbas, visando à eficiência”.