Big Band do Conservatório de Tatuí faz homenagem ao maestro Branco

O maestro José Roberto Branco

A Big Band do Conservatório de Tatuí fará dois concertos neste mês em homenagem ao maestro José Roberto Branco, nome consagrado da música popular brasileira e que tem forte ligação com a escola tatuiana.

O primeiro concerto acontece neste sábado, 18, às 11h, na Praça da Matriz, pelo projeto Música na Praça. O segundo será no dia 31, sábado, às 20h, no teatro “Procópio Ferreira”, com entrada gratuita.

Segundo o coordenador do grupo, Cláudio Sampaio “Cambé”, José Roberto Branco “é o mais veemente exemplo de como a singeleza e a simplicidade do ser humano podem andar de mãos dadas com a excelência e a engenhosidade no mais intrincado grau de genialidade musical”.

Big Band do Conservatório de Tatuí, que se apresenta no Música na Praça (foto: AI Conservatório)

“Pois assim é o trompetista, regente, compositor e arranjador ‘maestro Branco’, como gosta de ser chamado. Seus arranjos e composições são de tirar o fôlego do ouvinte mais exigente da música instrumental, seja ela popular ou erudita. Temos uma grande responsabilidade em representá-lo no palco, e sentimos isso desde o primeiro acorde desta jornada”, acrescenta Cambé.

Para homenageá-lo, o grupo preparou repertório com alguns dos mais belos arranjos escritos pelo maestro Branco, incluindo “Abertura”, “Consolação” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), “Esquina” (Elias Almeida), “Ave Rara” (Edu Lobo), “O Bêbado e o Equilibrista” (João Bosco e Aldir Branc), “O Trenzinho do Caipira” (Heitor Villa-Lobos), “Sambita” (J. Gelardo e J. Almário), “Carinhoso” (Pixinguinha) e “Disparada” (Theo de Barros e Geraldo Vandré).

O maestro

José Roberto Branco Iniciou os estudos na cidade natal, Pederneiras (SP), e, posteriormente, em São José do Rio Preto, onde aprendeu teoria, solfejo e harmonia.

Em São Paulo, cursou harmonia modal, composição, improvisação e harmonia de jazz, com Claudio Leal, e contraponto modal, com H. J. Koellreutter. Paralelamente, pesquisou música indígena, raízes africanas, música dos jesuítas e a influência europeia na música brasileira.

Atuou como arranjador e diretor musical, gravando discos com diversos artistas e intérpretes de renome, entre eles, Tim Maia, Fábio Júnior, Raul de Souza, Banda Mantiqueira, Orquestra Sinfônica de São Paulo (Osesp), Elizete Cardoso, Ângela Maria, Nana Caymmi, Wilson Simonal e Jair Rodrigues, com quem fez turnê pelos Estados Unidos, além de se apresentar em “O Beco” (SP) e em programas da TV Tupi.

Ainda como arranjador, participou do “Projeto Arranjadores”, dirigiu orquestras como a do Festival dos Festivais (Rede Globo), que teve Cezar Camargo Mariano como diretor musical e Roberto Talma como diretor artístico; “Festival de Música” na TV Record e a orquestra do “Cassino Bells”, em San Remo (EUA).

Gravou dois discos com a Banda Savana, criada por ele, e o disco “Arranjadores”, ao lado de Ciro Pereira, maestro Cipó, Duda do Recife, Nelson Ayres e Moacir Santos. Atualmente, aos 81 anos, enfrenta graves problemas de saúde e conta com o apoio e donativos de parentes e amigos.