Adeus, ano velho

2017 chegou ao fim.

Arrastou na correnteza de seus dias

muitas esperanças e muitos sonhos.

Vidas foram levadas de nosso convívio para o outro lado do tempo.

Ah! nossa implacável transitoriedade…

Porém muitas crianças desataram

o primeiro pranto no cenário sagrado

das maternidades ou do quartinho humilde

do casebre distante ou até mesmo

do banco traseiro do automóvel…

E cada criança que nasce – disse o poeta –

é uma prova que Deus não perdeu

a esperança na humanidade…

E ouço agora aqui do meu recanto

a cascata de explosões dos foguetes

devassando o silêncio cósmico

Escuto a sinfonia das buzinas estridentes

inundando a noite estrelada

e pressinto a emoção misturando lágrimas

e sorrisos nos abraços e beijos

da confraternização universal!

2017 está fechando os olhos

e ano novo vem chegando devagarinho

devagarinho com sua cesta de segredos